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O que o ovo e coelho têm a ver com a Páscoa?

O que o ovo e coelho têm a ver com a Páscoa?

Saiba o significado desses e de outros símbolos da festa

Publicado em 29 de março de 2018 às 23:17

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Afinal, o que o ovo de chocolate tem a ver com a celebração da ressurreição de Jesus Cristo? E o coelho? Onde entra na história? A Páscoa está chegando e os símbolos mais típicos dessa festividade estão por aí. Mas muita gente não conhece os significados desses símbolos.

No cristianismo os ovos, por exemplo, sempre representaram a vida, e foram associados por isso à ressurreição. No Brasil, não há tanto costume, mas é comum em outros lugares do mundo que eles recebam pinturas decorativas nessa época. Já o uso do chocolate só se popularizou em 1960.

NASCIMENTO

Embora haja a ideia lúdica entre as crianças de que o coelho é responsável por levar os ovos até elas, em uma representação similar a de Papai Noel no Natal, a real ligação com a Páscoa é outra.

O animal simboliza o nascimento e a esperança da vida e por isso foi associado à ressurreição de Cristo.

Já a colomba pascal, uma espécie de bolo de frutas, como é o panetone, remonta à pomba (colomba, em italiano), pássaro que é a representação do Espírito Santo no cristianismo. Por isso, tem formato parecido com o animal. O círio pascal e o cordeiro também têm significados especiais. Veja mais abaixo.

SÍMBOLOS

Ovo

Símbolo de vida

Os ovos são, em várias culturas, um símbolo de vida. Por isso, foi associado desde os primórdios do cristianismo à ressurreição. Isso se mesclou ao fato de que os ortodoxos têm o costume de se abster de ovos durante a quaresma, o que fez com que eles se tornassem um prato comum nos primeiros dias do Tempo Pascal, para que não fossem desperdiçados. Logo veio o hábito de decorá-los. Os ovos de chocolate começaram a se popularizar na Inglaterra, em 1873, mas só em 1960 se expandiram como um costume no mundo todo.

Coelho

Nascimento e esperança

Os coelhos e as lebres são um símbolo de fertilidade em várias culturas, o nascimento e a esperança da vida. Na Europa Ocidental, essa simbologia se associou ainda ao início da primavera, que no hemisfério norte acontece próximo da Páscoa. Nessa época, era comum ver lebres pelos campos. A ligação entre o coelho e a distribuição de ovos de Páscoa – para crianças que se comportaram bem, como faz o Papai Noel – surgiu entre imigrantes alemães luteranos na Pensilvânia, nos Estados Unidos, no século XVIII.

Cordeiro

Sacrifício

João Batista chamou o próprio Jesus de “Cordeiro de Deus” (Evangelho de João, capítulo 1, versículo 29), expressão retomada com frequência na liturgia cristã. Na Páscoa dos hebreus, isto é, a comemoração da sua libertação da escravidão no Egito, cada família comia um cordeiro para recordar a proteção que Deus lhes concedeu quando enviou pragas aos egípcios. Jesus é associado com a figura do cordeiro porque é ele quem oferece o sacrifício definitivo, isto é, o sacrifício de si mesmo como manifestação do amor incondicional de Deus.

Círio pascal

Presença de Cristo

O círio pascal é uma vela de grandes proporções acesa na celebração da Vigília Pascal, na noite do sábado de Páscoa. Simboliza a presença de Cristo Ressuscitado. É geralmente ornada com uma cruz e as letras alfa e ômega (a primeira e a última do alfabeto grego), além dos algarismos do ano corrente. As letras representam que Jesus é o princípio e o fim de tudo. Durante sua bênção, são presos nele cinco cravos, representando as chagas de Jesus.

Colomba pascal

Espírito Santo

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Se os italianos criaram o panetone para celebrar o Natal, a Páscoa ganhou a colomba, um bolo em formato de pomba (“colomba”, em italiano). Símbolo que remonta à década de 1930, resgata um ícone cristão muito antigo, a pomba, que representa o Espírito Santo – e está associada à Páscoa sobretudo porque era nessa celebração que se convencionou realizar os batismos na Igreja antiga.

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