Publicado em 22 de abril de 2019 às 17:50
As plantas e outros tipos de ornamentações verdes suspensas estão em alta na decoração. Mas você sabia que é possível suspender e cultivar espécies, sem um vaso ou outra estrutura que sustente a planta? A novidade atende pelo nome de kokedama, e não é propriamente uma novidade. Muito pelo contrário. Trata-se de uma técnica japonesa surgida no século 17, que consiste em cobrir as raízes em uma bola de substrato (terra, argila, húmus e etc...) e musgo envolto com barbante.>
A técnica pode ser vista como uma parente do bonsai, porém é mais barata, de cultivo mais fácil, e mais popular, explicou o jornalista e produtor cultural Paulo Gois, que também dá oficinas de técnicas de jardinagem através do coletivo capixaba Verde Ataque.>
Paulo explica que o kokedama consiste em envolver as raízes da planta, fazendo um torrão de terra ao redor delas. Você dá uma forma e cria condições para a planta crescer ali, complementa.>
Ele afirma que várias espécies se adaptam a instalação, desde que sejam feitas as manutenções regularmente, e desde que se escolha o lugar ideal para aquela planta. Pode-se colocar o kokedama em qualquer lugar, porém o recomendado é fazer com plantas de meia-luz, que aproveitem mais a luz indireta. E vale lembrar que a instalação é como qualquer outra planta, então deve-se dar manutenção sempre, disse Paulo. Os tamanhos também são variados, já vi desde suculentas e orquídeas até arbustos em kokedamas, acrescentou.>
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Apesar disso, as espécies mais usadas ainda são as menores, como orquídeas e bromélias - por seu valor decorativo e por terem fácil substrato - e as espadas-de-são-jorge, e clorofitos - por seu papel filtrador do ar. Também é possível colocar mais de uma espécie em um só kokedama, desde que essas plantas tenham as mesmas necessidades de luz e água, acrescentou o jornalista.>
Outro aspecto importante e interessante é a forma de regar essa instalação, que deve ser feita no mínimo uma vez por semana. Para regar o kokedama basta mergulhar o torrão que contém a raiz em um recipiente com água, e deixar ali por cerca de 1 minuto, ou até soltar bolinhas na água, depois retirar, e só, finalizou Paulo.>
MONTE O SEU>
1. Prepare a raiz da planta>
2. Use terra com adubo,>
como se fosse uma massa, e enrole com musgo úmido, fazendo um torrão - bola.>
3. Coloque a planta neste torrão.>
4. Passe o barbante em volta do torrão que agora contém a raiz da planta.>
É importante também lembrar que cada planta tem um substrato diferente.>
KOKEDAMAS SÃO (MUITO) BEM-VINDOS NA DECORAÇÃO EM CASA>
O kokedama, além de lindo, e superfofo também pode ser usado em diferentes tipos de decoração, pois é considerado um artifício paisagístico. Ao decorar um espaço e incluir nele espécies de plantas, pensamos não só esteticamente, mas funcionalmente qual espécie irá se adaptar, em função do clima e de fatores ambientais - como incidência de sol por exemplo.>
Em varandas, o kokedama é o mais utilizado, por conta da maior incidência solar e de vento, além de trazer todo um charme e vida para o ambiente, especificou a arquiteta e urbanista Caroline Nobre.>
Segundo ela, a instalação traz um clima rústico e natural ao ambiente, além ter características sustentáveis. E em casa é fácil inseri-lo na decoração, podendo até ser feito um jardim de kokedamas. Porém, alguns pontos devem ser levados em consideração: É preciso saber se a planta escolhida para técnica é adaptável ao espaço onde você quer inseri-la e também se combina com o restante do contexto da casa, disse Caroline. Pontos de verdes na decoração são sempre bem-vindos e fazem toda diferença no contexto total do ambiente, reiterou a arquiteta.>
NOS EVENTOS ELES TAMBÉM DÃO O CHARME>
Em eventos, principalmente aqueles que demandam um clima rústico, boho, ou praiano, essas plantas têm seus lugares reservados, e fazem sucesso. Elas são utilizadas pelo seu fácil transporte, adaptação e conservação, pois como em sua estrutura já tem todo aparato necessário para sua sobrevivência, não precisa ser descartado ou trocar de vaso para ser utilizado novamente, especificou Caroline Nobre, que complementou: Além disso, sua própria montagem natural já>
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