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Especialistas indicam os melhores exercícios para ativar o cérebro

Especialistas indicam os melhores exercícios para ativar o cérebro

Atividades que exigem resposta rápida fazem bem à mente

Publicado em 28 de outubro de 2018 às 00:07

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José Luiz Almeida, de 60 anos, é advogado aposentado e instrutor de tênis de mesa. (Bernardo Coutinho - GZ)

Que fazer exercício, qualquer que seja, faz bem para corpo e mente ninguém discute. Mas quando o assunto é turbinar o cérebro, algumas atividades saem na frente.

A natação, por exemplo, é excelente para a saúde. Só não espere um ganho extra em termos de funções cognitivas. Ciclismo? A mesma coisa. Prefira outras modalidades, como vôlei, basquete ou mesmo o pingue-pongue. As lutas marciais também têm esse benefício.

“Estudos já mostraram que atividades que exigem respostas rápidas e não automáticas são melhores para estimular o cérebro. É o caso do tênis de mesa, por exemplo. Já a natação, ciclismo, patinação, entre outros, não ativam tanto o cérebro por serem mais repetitivos. Não que nadar e pedalar não seja bom. Mas é um estímulo repetitivo, que não exige resposta rápida de pensamento”, explica o neurologista Alexandre Teixeira dos Santos.

De acordo com o médico, para o cérebro funcionar bem precisa sempre de estímulos novos. “É preciso sempre trabalhar áreas do cérebro que não são trabalhadas na rotina. Não adianta para um músico profissional aprender novo instrumento, pois essa área já é bem trabalhada. Agora, se alguém que nunca tocou um instrumento musical for aprender a tocar violão, por exemplo, vai desenvolver uma região cerebral nova, e isso vai ser bom para a memória dele”, observa ele.

Por isso, a dica para qualquer pessoa é sempre buscar aprender algo diferente. “Atividades manuais, como pintura, escultura, são ótimas para a mente de quem não costuma fazer isso”, destaca o neurologista.

LIMITAÇÃO

Alexandre coloca o tênis de mesa no topo da lista de esportes bons para o cérebro. “O vôlei, o basquete e o próprio tênis de quadra também funcionam. Mas esbarram na questão da limitação física. Já o tênis de mesa pode ser praticado por pessoas de qualquer idade, de crianças a idosos”.

Que o diga o advogado aposentado José Luiz de Almeida, de 60 anos, que praticamente não pensa em outra coisa. “Jogar é ter formação de neurônios aos quilos”, brinca ele.

Praticante há 10 anos, José Luiz se dedica a ensinar o esporte a outras pessoas, em um clube de Vitória. “Montei um centro de treinamento e ensino para crianças e adultos. É ótimo. É uma atividade que faz a gente pensar rápido, além de ser empolgante, divertido”, comenta ele.

Quem está envelhecendo deve se atentar a essas dicas, já que é com a velhice que o cérebro vai perdendo algumas funções. Por isso, quanto mais estimulado esse órgão, menos problemas de memória e outras doenças neurológicas a pessoa tende a ter após os 60 anos.

MEMÓRIA

“É comum pessoas com menor nível acadêmico entrarem na terceira idade com um quadro de demência leve. Isso ocorre porque elas estimularam pouco o cérebro ao longo da vida e têm um nível de reserva de memória mais restrito”, pontua o médico.

Pedro Ricardo Bernardino de Freitas pratica jiu jitsu. (Arquivo pessoal)

Das artes marciais, o neurologista destaca o jiu jitsu como melhor opção, pelo mesmo motivo do tênis de mesa: pode ser praticada por qualquer pessoa.

“Treino crianças. Mas tive alunos com 50, 60 anos que começaram tarde no jiu-jítsu. É uma modalidade que não tem impacto ou risco de queda, pois é praticada sobretudo no chão. Trabalha ação e reação. Por isso brincam que é como um xadrez de corpo”, diz o professor Rodrigo Lemos.

O funcionário público Pedro Bernardino de Freitas tem 52 anos e começou a lutar jiu-jítsu há três. “A escolha foi de caso pensado. Refleti sobre a atividade que gostaria de fazer pelos próximos 20 anos. Achei que a longo prazo, é a melhor forma de investir em saúde e bem-estar”, conta.

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Para Pedro, a atividade pode ajudá-lo a envelhecer com corpo e mente mais sadios. “Quero chegar numa idade avançada em condição física e mental melhor, evitando doenças”.

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