> >
Entenda por que Sabrina Sato não quer saber de sexo após a maternidade

Entenda por que Sabrina Sato não quer saber de sexo após a maternidade

Apresentadora revelou que não tem vontade de transar depois do nascimento da filha, Zoe. Sexóloga diz que é normal a mulher virar "meio amiga" do marido

Publicado em 22 de novembro de 2019 às 19:16

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Sabrina Sato e o marido Duda Nagle: apresentadora falou sobre sexo após a maternidade. (Reprodução/Instagram)

Linda, sensual, dona de um corpo escultural, Sabrina Sato viu sua vida se transformar com a maternidade. É assim com a maioria das mulheres quando se tornam mães. Mas esta semana, a apresentadora virou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais ao escancarar sua intimidade e revelar que não tem a menor vontade de fazer sexo com o marido, o ator Duda Nagle. Nadinha mesmo.

Com a pequena Zoe prestes a completar um ano Sabrina admitiu que suas atenções definitivamente não estão direcionadas para a parte sexual. “Quem faz sexo depois de ser mãe? É difícil. A vontade não vem”, disparou ela.

Muitas mulheres, mães como Sabrina, se identificaram na hora. Afinal, a maternidade acaba mesmo com o tesão?

A psicóloga Bianca Martins afirma que essa queda de libido após o parto é normal, mas ressalta que é preciso cuidado antes de tomar o caso de Sabrina como exemplo. “Sabrina é uma mulher que amamenta e, nessa situação, por conta da produção hormonal, é natural que haja uma diminuição da libido. Além disso, ela passou por uma gestação de alto risco e também teve uma preparação para parto normal que não se realizou. Essas são algumas situações que rompem com as fantasias pré-concebidas e se essa frustração não for bem trabalhada pode se instalar até um quadro depressivo”, diz ela, que é colunista da Revista.ag.

Sabrina Sato com o marido Duda Nagle e a filha Zoe: apresentadora falou sobre sexo e maternidade. (Reprodução/Instagram)

Sem generalizar

Bianca ressalta, no entanto, que não é possível generalizar, já que cada mulher e cada família vai vivenciar a experiência de maternar e de paternar de maneira única.

“A gente não pode dizer que toda mulher no pós parto vai ter redução de libido ou vai deprimir. Cada mulher vai ter uma dinâmica única e algumas se sentem mais sexualizadas. Outro ponto é que muitos casais ficam tão felizes com esse bebê tão esperado que acabam se contentando apenas com o maternar e o paternar”, observa ela.

Sexóloga e também colunista da Revista.ag, Virgínia Pelles destaca que há muitas questões envolvidas com a chegada de um bebê, como a variação hormonal da mulher, o estresse com as mudanças na rotina da família, com a falta de sono…

Essa falta de desejo, segundo ela, é comum que se estenda por, em média, dois anos.

"Meio amiga"

“A ocitocina é um hormônio liberado em grande quantidade quando temos um bebê. Uma mãe que amamenta e que está muito realizada com a maternidade, toda a questão do desejo, da sexualidade, da energia vital que a sexualidade traz para a gente é transferida para a maternidade. Tenho o hábito de dizer para uma mãe de criança de até dois anos que quando ela pega o neném no colo a sensação é de orgasmo. Quase a mesma coisa, de tão intenso que é. O organismo dela já fica plenamente satisfeito. Ela vai buscar mais prazer onde e para quê? Fisiologicamente não se cria essa necessidade de ter relação sexual, né? Por conta disso, a mulher fica meio amiga”, comenta Virgínia.

Ah, mas apesar de expor a situação sob os lençóis – e ser criticada por isso -, Sabrina garante que está bem resolvida. “Eu tô tranquila com isso, sabia? O Duda e eu conversamos muito e estamos bem. Antes a gente era um casal, agora a gente é uma família, uma potência."

Aspas de citação

A gente não pode dizer que toda mulher no pós parto vai ter redução de libido ou vai deprimir. Cada mulher vai ter uma dinâmica única e algumas se sentem mais sexualizadas.

Bianca Martins
Psicóloga
Aspas de citação

Tem que se esforçar

A dica, de acordo com Virgínia Pelles, é a mulher tentar se esforçar um pouco mais para ter esses momentos a dois. Pode valer a pena.

“A sensualidade de uma mãe de uma criança pequena tem que se tornar mais mental. É preciso entender que, para que você continue casada, você precisa decidir ter o desejo, decidir ter sexo. Senão, não vai ter mesmo!”, aponta.

O problema é comum. A própria Virgínia passou por isso. “Já tem 15 anos que tenho estudado esse assunto, desde que passei por uma situação bem crítica no meu relacionamento justamente por conta disso. Eu tive não só a falta de desejo como uma disfunção sexual mesmo depois do primeiro parto. Não conseguia sentir nada”, conta.

Por isso, dependendo do caso, pode ser importante buscar ajuda, segundo Bianca, que vai abordar o tema em um encontro com grávidas no curso para gestantes da Balãozinho Glória, no dia 30 de novembro, em Vila Velha.

“Esse reencontro do casal, esse encontro de cada um com suas funções de feminino e de masculino, com o olhar para si mesmo e para o parceiro, é um dos temas abordados durante o curso”, diz.

Este vídeo pode te interessar

Aspas de citação

Já tem 15 anos que tenho estudado esse assunto, desde que passei por uma situação bem crítica no meu relacionamento justamente por conta disso. Eu tive não só a falta de desejo como uma disfunção sexual mesmo depois do primeiro parto. Não conseguia sentir nada

Virgínia Pelles
Sexóloga
Aspas de citação

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais