Publicado em 18 de março de 2020 às 23:43
Por que se desesperar? Respire fundo e tente ficar calmo. Confinamento não é prisão. É um momento necessário para proteger você, seus filhos, sua família, seus amigos, toda a sociedade. E a boa notícia: é temporário. Vai passar. E quanto mais tranquilos estivermos em casa, mais rápido será. Então, porque você não aproveita a quarentena para fazer coisas que gosta e nunca teve tempo ou oportunidade pra fazer? Pra ajudar você nessa tarefa - porque a gente sabe que não é tão simples assim - psiquiatras e psicólogos deram preciosas dicas. Confere aí, e boa quarentena!>
Procure assistir noticiários apenas uma vez ao dia. Geralmente as edições da noite consolidam tudo o que precisamos saber para ficarmos atualizados. Não caia na armadilha da hiperinformação e no excesso angustiante de informações falsas ou exageradas. Essas ações podem te levar a um estado mental de ansiedade e constante alerta, prejudicando o relaxamento e capacidade de discernimento>
Tente praticar exercícios, se alimentar de forma saudável e beber muita água. Relaxar, praticar meditação e alongamento, além de evitar o abuso de álcool ou drogas fazem diferença na saúde física e mental>
Estar isolado não é uma punição e sim uma preservação e contribuição para o bem comum. Permanecer em casa por alguns dias é necessário, mas não é uma condição definitiva. Em breve, tudo voltará ao normal. >
>
Ouvir uma boa música, fazer um curso online, ler aquele livro esquecido ou assistir aquela série que te recomendaram, são coisas que vão te fazer muito bem. Aproveite o tempo disponível para isso>
Sentir a solidão do isolamento devido a pandemia é um fato. A solitude é um estado desejável de privacidade que permite a reflexão e a subjetivação pessoal, mas a solidão pode produzir tristeza em excesso e potencializar traços depressivos inerentes a cada pessoa. Utilize toda tecnologia disponível para manter-se conectado com a vida e com pessoas que você estima. Una-se aos seus familiares e amigos, promovendo boas conversas por meio de videochamadas, telefonemas ou mensagens>
Sabe aquela arrumação de armário, de arquivos e fotos do computador, de emails da caixa postal, das plantas da casa. Aproveite o tempo e faça coisas que possam ocupar e relaxar a sua mente>
O pessimismo impede a percepção de novos cenários. Quando estamos amargurados, nosso mundo interior fica embrutecido e nossas reações e comportamentos podem se revelar de forma destrutiva, ferindo aqueles que estão à nossa volta e nos impedindo de enxergar soluções>
Mesmo que cozinhar não seja muito a sua praia, vale a pena tentar fazer um bolo, uma sobremesa ou até mesmo uma receita para o almoço ou o jantar. E se tiver crianças em casa, pode ser melhor ainda se elas se juntarem a você. Uma simples receita pode virar uma farra. E, se der certo, um delicioso motivo pra comemorar e repetir sempre que puder.>
A inatividade pode produzir desânimo. Se o ócio não for criativo, pode conduzir a um estado de letargia existencial. Encontre nas atividades manuais e nas atividades físicas que possam ser executadas em casa um meio para aliviar desconfortos e para preencher o tempo.>
Tente fazer as coisas nos mesmos horários e criar uma rotina de trabalho, isso ajudará o dia a acontecer de um jeito mais organizado e tranquilo>
Separe um tempo do seu dia para o autocuidado. Seja para hidratar os cabelos, limpar ou esfoliar a pele, fazer as unhas... Coisas que elevem sua autoestima e te gerem prazer e relaxamento.>
Considere as regras para um bom convívio coletivo. Possivelmente dividimos nosso espaço de confinamento com outras pessoas no núcleo familiar. Sua individualidade é importante, mas dimensão coletiva não pode ser ignorada. É importante que todos tomem consciência das dificuldades atuais, exercitando empatia, firmando acordos e regras de convívio, e buscando um elevado espírito de colaboração e apoio mútuo, a fim de tornar a vida agradável durante esse período. >
Que tal fazer algo que pode fazer o dia de seu vizinho confinado mais feliz. Fazer um bolo e deixar do lado de fora da porta dele, ou simplesmente passar uma mensagem positiva por debaixo da porta são coisas capazes de mudar o astral de todas as pessoas da casa>
Considere a realidade da diversidade. Crianças, Idosos e portadores de deficiências, pacientes com baixa imunidade e doenças crônicas devem ser ouvidos e priorizados, pois tem perspectivas e necessidades peculiares. Conversar, escutar, compreender e estabelecer rotina solidiária inclusiva é importante para que as limitações impostas pela pandemia possam ser assimiladas e seguidas. Isso minimiza os sentimentos negativos em relação ao novo contexto.>
Se você perceber que está extremamente sobrecarregado, ansioso, depressivo ou pensando em se machucar ou em suicídio, procure seu médico, psicólogo ou familiar e não esqueça do CVV (188)>
Fonte: Psicanalista Marcos Wagner, psicóloga Karoline Paiva, psicóloga Janaina Ferreira Pereira, psiquiatra Letícia Mameri e Instituto Vita Aldere, prevenção do suicídio>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta