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Publicado em 19 de fevereiro de 2021 às 17:55
- Atualizado Data inválida
Cresce o número de pessoas que estão diminuindo o consumo de carne, sem abrir mão totalmente da proteína animal. Na maioria da vezes elas fazem parte do grupo que aderiu à dieta "flexitariana". >
Segundo a Baum+Whiteman, empresa americana que fareja as tendências alimentares, essa é a "dieta do ano". Flexitarian é aquele que segue a dieta vegetariana na maior parte do tempo, mas que, ocasionalmente, come algum tipo de carne. Foi a médica Dawn Jackson Blatner, especialista em alimentação e autora do livro “The flexitarian diet”, quem popularizou a dieta. A especialista cita pesquisas e afirma que os flexitarianos têm menos problemas de diabetes, câncer e ataques cardíacos, e ainda vivem 3,6 anos a mais.>
A nutricionista Fernanda Pignaton explica que a proteína é um macronutriente com função construtora. Os nutrientes dela são essenciais e tem diversas funções no organismo. "Os tecidos humanos, como ossos, músculos e órgãos, são feitos de proteína. Elas estão presentes, principalmente, nas carnes vermelha e branca, no leite e seus derivados e na clara do ovo. Mas, para os veganos e vegetarianos podem ser encontradas nas leguminosas como feijão, lentilha, grão-de-bico e ervilha, por exemplo".>
A profissional diz que a carne pode ser substituída por vegetais. Porém, a troca pode acarretar algumas carências como de ferro e vitaminas como a B12. A vitamina B12 é indispensável para o bom funcionamento do cérebro e está presente apenas em alimentos de origem animal. "É importante fazer exames periódicos para acompanhar se há necessidade de suplementação", diz. >
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Para quem quer aderir essa dieta, a dica é comer vegetais com muita variedade. "Se você não gosta de legumes e verduras deve primeiro adaptar seu paladar a esse tipo de alimento", sugere Fernanda Pignaton. Outra dica é experimentar novas fontes de proteína, como cogumelos, proteína texturizada de soja (PTS) e tofu, que são alimentos que podem fazer parte da sua vida. "Além disso, busque receitas alternativas, como hambúrguer de grão-de-bico, por exemplo, para não deixar de comer os pratos que gosta". >
Porém, entrar na monotonia alimentar, deixando de comer carne e não aumentar a ingestão de legumes e verdura também pode pesar na balança. "Algumas pessoas trocam a carne por pratos com muito queijo e batata, que contém um alto índice calórico e não devem ser consumidos livremente", diz Fernanda. >
Estudos da última década demonstram que, em geral, vegetarianos apresentam um risco menor de desenvolver sobrepeso ou obesidade, além de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, neoplasias, entre outras condições que comprometem a qualidade de vida e longevidade. "O vegetarianismo apresenta muitos benefícios, mas é importante um acompanhamento profissional para monitorar as condições e marcadores bioquímicos importantes e, se for o caso, realizar a suplementação necessária" ressalta Fernanda Pignaton. >
Animou? Então, inclua já em sua lista de compras leguminosas (feijões, grão-de-bico, lentilha, ervilha, amendoim), grãos integrais (arroz, aveia, quinoa, amaranto, painço), hortaliças verdes-escuras (acelga, espinafre, couve), frutas e legumes variados, oleaginosas (amêndoas, castanhas, nozes), sementes (abóbora, girassol), tofu e cogumelos. >
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