Publicado em 26 de novembro de 2018 às 01:40
Pode um ser minúsculo como um pernilongo fazer um grande estrago? Para muita gente sim. E aí, basta uma picadinha para provocar uma reação alérgica com inchaço, vermelhidão e muita coceira.>
Se um mosquito faz isso, imagine o problema causado por insetos como abelhas, marimbondos e formigas. Sofre a criança, sofre o adulto. O que pouca gente sabe é que existe solução para esse tipo de alergia. E vai muito além de pomadas e repelente.>
Há casos em que a cura pode estar numa vacina, capaz de deixar a pessoa imune a picadas.>
A reação à picada por esses bichos pode ser desde problemas cutâneos, com lesões na pele, até os respiratórios, como o choque anafilático, que é a queda da pressão arterial com perda da consciência, uma reação rápida que pode acontecer em menos de um minuto ou até duas horas depois da picada, diz a alergista e imunologista Paula Perini.>
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Para cada caso, há uma indicação. O tratamento vai desde evitar a picada em si até a imunoterapia, que é a vacina. Mas cabe ao alergista a decisão sobre qual terapia fazer, diz a médica.>
Segundo Paula, não há como saber previamente quem tem alergia ou não a insetos. E a doença pode aparecer de uma hora para a outra. A pessoa pode ser picada mil vezes e nunca desenvolver quadro alérgico. A alergia não tem idade para começar ou momento certo. Depende de uma sensibilização no sistema imunológico que, numa segunda oportunidade, pode reagir.>
A alergia pode se manifestar de forma grave. Em outubro deste ano, uma universitária de 24 anos morreu em Salvador (BA) depois de ser picada por uma formiga.>
Se há sinais de uma alergia assim, uma das medidas a serem avaliadas pelo alergista pode ser a imunoterapia, um tipo de vacina com alérgenos. Nesses casos, há terapia injetáveis, que devem ser feitas em um ambiente adequado porque há risco de desenvolver uma reação na hora da aplicação, diz a alergista Faradiba Sarquis Serpa.>
A reação alérgica aos pernilongos é mais sutil, mas não menos preocupante, diz Faradiba. Normalmente, a picada forma machucados na pele. Não há risco de ser algo sistêmico ou que coloque a pessoa em risco de vida. Mas pode provocar infecções. Então, quando a alergia for muito intensa, o melhor é procurar um médico para ver um tratamento e evitar complicações.>
Para esses casos, além da vacina injetável, tem a oral. Essa pode ser ministrada em casa. Mas ambas requerem um tratamento por um longo período, observa Faradiba.>
FIQUE POR DENTRO>
Alergia a mosquito>
A pessoa pode ser picada diversas vezes sem manifestar alergia. Mas ocorre uma sensibilização do sistema imunológico, que pode passar a reagir de uma hora para a outra. Após a picada, a região fica avermelhada, inchada e com coceira intensa. Pode provocar feridas e até causar infecções>
O que fazer?>
A solução vai de pomadas à base de corticoides para minimizar a irritação na pele até medicação via oral por meio da imunoterapia, uma espécie de vacina com alérgeno. Cabe ao alergista fazer a avaliação e ver se há indicação para essa terapia>
A vacina>
O tratamento consiste em aplicação de alérgeno ao qual o paciente é sensível em doses crescentes por um longo período que varia, podendo chegar a três anos. Pode ser injetável ou via oral>
Pode curar sozinho>
Em boa parte dos casos, a alergia a pernilongos pode passar com o tempo. Uma criança pequena pode deixar de ser alérgica por volta dos 5 ou 6 anos de idade, por exemplo>
Mais grave>
A alergia a picadas de abelhas, formigas e marimbondos costuma ser mais grave em 10% da população. A pessoa pode ter desde lesões na pele até anafilaxia, podendo até morrer>
A terapia>
Para esses casos, o médico pode avaliar a necessidade de imunoterapia>
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