Publicado em 17 de junho de 2020 às 08:00
Venho de uma típica família brasileira mãe descendente de índios e negros e pai de franceses e italianos. O acaso, ou quem sabe o destino, fez-me branca. Segundo minha avó paterna, nona italiana, a única filha da minha mãe que ela tinha certeza ser sua neta. >
Tenho três filhas e a caçula tem o gene brasileiro da miscigenação. Como diz minha nora estadunidense, o Brasil é uma terra tão fantástica que a gente nunca pode afirmar a cor da criança que está gerando.>
Cresci vendo minha irmã sofrer com alguns atos de discriminação, e hoje sei que isso me deu suporte para passar força e coragem para minha menina cravo/cacau/canela ter a certeza de que a coloração é nada para definir quem realmente somos em essência.>
Tenho muito orgulho de ser mãe de uma menina negra que veio reavivar e integrar a memória de nossa origem, que exala amor e alegria por todos os poros e enxerga os outros por intermédio desses sentimentos, mostrando-nos que não importa o ano, o lugar, a classe social ou o grupo étnico a que você pertença, uma vez que o amor não tem cor e nem pré-conceitos.>
>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta