Para que eu vou usar essa matéria na vida?. A frase típica na boca dos estudantes tem levado muitas escolas e professores a repensar a forma de ensinar. A teoria, que antes reinava sozinha nas salas de aula, abre cada vez mais espaço ao conhecimento prático e mostra que é possível, sim, aplicar o que aprendeu no cotidiano.
A professora de química da rede pública Ívina Langsdorff Santana sabe bem disso. Com a ajuda de fórmulas químicas vistas em sala de aula, a turma dela na Escola Estadual Almirante Barroso, conseguiu criar uma composição que utiliza muito menos cascas de árvores do mangue para criar uma pigmentação para colorir as panelas de barro produzidas em Goiabeiras, Vitória.
Antes, era preciso retirar muitas cascas de uma árvore do mangue para fazer a tinta. A retirada, que era feita em grande quantidade, diminuía muito o tempo de vida do vegetal e impactava muito o meio ambiente, explica Ívina.
Após a aplicação do projeto Preservação das raízes do mangue, as retiradas caíram pela metade. Agora, elas são trituradas e aquecidas. A reação química produz o mesmo resultado nas panelas de barro, tendo menos impacto para o meio ambiente.
Não há tecnologia que agregue mais conhecimento do que a oportunidade de ir lá e praticar, de poder descobrir coisas novas dentro do processo de aprendizagem. Assim como, ter alunos engajados com a escola e com a sociedade, afirma Ívina.
Reconhecimento
A iniciativa foi premiada, no ano passado, pelo Prêmio Shell de Educação Científica. A professora ganhou uma imersão na cultura e no sistema educacional londrino. Conhecer Londres era meu sonho de infância. Mas o melhor foi ter uma nova visão do mundo e receber conhecimentos importantes para aplicar com os meus alunos.
Estão abertas as inscrições para o 5º Prêmio Shell de Educação Científica. São premiados projetos de educação inovadores que, por meio de metodologias diferenciadas, imprimam novas formas de ensinar e de aprender.
PARTICIPE
5º Prêmio Shell de Educação Científica
Para se inscrever acesse o link: www.premioshelldeeducacaocientifica.com
Quem pode participar?
Professores das redes públicas federal, estadual e municipal no Rio de Janeiro e no Espírito Santo
Categorias: Ensino Fundamental ll: professores de Ciências e Matemática. Ensino Médio: professores de Biologia, Física, Química e Matemática
Como funciona?
O professor inscreve um projeto inovador que desenvolveu com seus alunos no site do Prêmio. Todos os projetos inscritos são avaliados por uma comissão que faz uma primeira triagem. Posteriormente, os projetos são analisados por Avaliadores Masters, que irão escolher entre os pré-selecionados, os seis finalistas e três vencedores de cada categoria
Premiação: Uma viagem educativa para Londres, na Inglaterra, onde os professores farão uma imersão na área das ciências, além de premiações em dinheiro que variam de R$ 1.500 a R$ 7.000. As escolas dos professores vencedores também são premiadas com equipamentos educacionais
Para saber mais
Nesta sexta-feira (03), às 14h30, Cesinha Fernandes bate um papo ao vivo no perfil do Gazeta Online no Facebook com a professora Ívina Langsdorff Santana e com Pamella De-Cnop, Gerente de Performance Social da Shell.
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