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Ações vão recompor faixa de areia no norte da Praia de Camburi

Ações vão recompor faixa de areia no norte da Praia de Camburi

Restauração já começou; estão sendo realizadas as ações de resgate de fauna e flora e supressão vegetal no local

Publicado em 27 de outubro de 2020 às 16:13

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Aratu-vermelho: crustáceo presente nas praias. É um dos responsáveis pelo equilíbrio do ambiente.
Aratu-vermelho: crustáceo presente nas praias. É um dos responsáveis pelo equilíbrio do ambiente. (Leonardo Merçon/Divulgação/Vale)

Um dos cartões postais de Vitória, Camburi é bem mais que um local para curtir um sol no fim de semana ou aproveitar o calçadão para atividades físicas. No extremo norte da praia, próximo ao pontão rochoso e ao manguezal, é possível encontrar diversos crustáceos, répteis e pequenos mamíferos que fazem da região um lar.

Por ali, vivem guaiamuns – aqueles caranguejos pequenos acinzentados, meio pálidos – pequenos anfíbios, esquilos, entre outros animais. Isso sem falar nas diferentes plantas nativas da região. É também nessa área que a Vale está implementando uma série de ações de recuperação que incluem a recomposição da faixa de areia que não é banhada pelo mar, o resgate de espécies animais e vegetais e a retirada de espécies invasoras, para o restauro da biodiversidade nativa.

As medidas fazem parte do Termo de Compromisso Ambiental (TCA) assinado pela empresa com o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e o poder público.

Além de recuperar a região, as intervenções vão propiciar o uso público da área de forma integrada com os demais espaços da praia, conforme explica o gerente de Meio Ambiente da Vale, Fernando Di Franco.

“A recuperação da área e a construção de um segundo parque destinado às ações de educação ambiental, ao lado do Atlântica Parque, que foi tão bem recebido pela comunidade, vai valorizar ainda mais o entorno.”

Recuperação da faixa norte

As obras de recuperação do extremo norte da Praia de Camburi tiveram início neste mês de outubro. Para que as intervenções sejam possíveis, estão sendo realizados, a princípio, ações de resgate da fauna e da flora da região e a supressão vegetal, com retirada de espécies exóticas, isto é, que não são plantas nativas.

Os animais serão remanejados para outros locais, apropriados para cada espécie. Além disso, a expectativa é de que, após a recuperação e a reintrodução da flora nativa, a fauna seja naturalmente atraída para o local.

Na sequência, está prevista a retirada de uma camada de sedimentos de areia e minério de ferro com profundidade média de 50 cm e a recomposição com areia (17 mil m³) e argila (4 mil m³) em uma área de 43 mil m² (equivalente a cerca de quatro campos de futebol).

O trabalho abrange especificamente a faixa de areia que não é banhada pelo mar, conforme definido no projeto aprovado pelos órgãos ambientais, onde há sedimentos de minério de ferro oriundos das atividades da empresa no passado.

Durante o período das obras, previsto até abril de 2022, a área a ser recuperada, localizada ao norte do Atlântica Parque, no final da Praia de Camburi, será interditada por questões de segurança.

Outras ações

O Termo de Compromisso Ambiental assinado pela Vale com o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e o poder público prevê ainda a restauração da restinga ao longo da Praia de Camburi, que teve início em agosto, e a construção de dois parques.

O primeiro deles, Atlântica Parque, foi entregue em fevereiro de 2019. Já o Parque Costeiro, voltado para a educação ambiental, está previsto para ser entregue no primeiro semestre de 2022.

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Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi): árvore encorpada, de copa densa e bem distribuída. Fornece alimento para os animais e ajuda na fixação da areia, impedindo a erosão. (Leonardo Merçon/Divulgação/Vale)

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