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Academias apostam em aulas em grupo para motivar adolescentes

Academias apostam em aulas em grupo para motivar adolescentes

Planos acessíveis e atividades coletivas e mais dinâmicas atraem este público

Publicado em 14 de setembro de 2018 às 21:12

Júlia Marinho, 18 anos, sempre arranja um espaço na agenda para cuidar da saúde Crédito: Bodytech

A rotina diária é puxada. As aulas do curso de Veterinária ocupam a manhã e a tarde da estudante Júlia Marinho, 18 anos. Mas ela sempre arranja um espaço na agenda para cuidar da saúde. Há três anos, praticamente todos os dias, a jovem reserva um tempinho após as atividades para cumprir suas metas de treino na academia.

Essa dedicação fez Júlia fugir do sedentarismo e de uma estatística preocupante. Dados do Ministério da Saúde apontam que, nos últimos dez anos, a obesidade quase dobrou entre pessoas de 18 a 24 anos, saltando de 4,4% para 8,5%. E uma das causas desse desequilíbrio é justamente a falta de exercícios físicos regulares na rotina desses jovens e adolescentes.

“Malhar ajuda a liberar o estresse, diminui a ansiedade, colabora até no rendimento na faculdade. Além disso, já são seis quilos a menos na balança”, comemora Júlia, adepta da musculação, de aulas de Core Training, que trabalham exercícios focados na região central do corpo com diferentes acessórios, e do Strech Roller—uma modalidade que libera a musculatura através de alongamentos.

Ela revela que o peso foi um dos principais motivos que a levou para a academia. “Já havia praticado esportes, como natação e vôlei, mas a rotina de estudos me levou a abandoná-los. Estava com sobrepeso e me sentindo muito sedentária. Então resolvi voltar a academia e não sai mais. Hoje não me vejo parada novamente”, afirma Júlia, que hoje faz acompanhamento nutricional, além de pedalar, correr.

Crédito: Bodytech

Um dos mitos que rondam as academias é de que exercícios físicos como a musculação não seriam recomendados para adolescente por afetar o crescimento. No entanto, segundo o diretor técnico da rede Bodytech, Dudu Netto, existem evidências científicas que comprovam justamente o contrário.

“Desde que realizada de forma orientada e com sobrecarga condizente com a faixa etária, a musculação se torna um estímulo ao crescimento. O impacto realizado nas articulações por exercícios com sobrecarga mínima ajudam no crescimento ósseo. Na verdade, alguns esportes de contato, como o futebol, possuem muito mais riscos que a musculação”, alerta o professor.

O estudante do ensino médio Nicolas Errani, de 16 anos, comprova essa teoria. Ele vai pelo menos quatro vezes por semana à academia, e acredita que a rotina de exercícios rende não apenas uma mudança física, mas também psicológica. Ele participa de um programa de treinos aeróbicos e musculação da Bodytech, e, sempre que pode, faz um período de basquete. “Ao terminar o treino, eu sinto que cumpri o meu papel. As atividades viraram um hobby”, comenta o jovem, que frequenta academia há dois anos.

A rede de academias Bodytech, onde Júlia e Nicolas treinam, possui um plano dedicado exclusivamente a alunos entre 12 e 25 anos. O Studant Plan oferece, a preços promocionais, horários diferenciados para acessar toda a estrutura da academia e as aulas coletivas.

Crédito: Divulgação
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Por ter desafio, a gente consegue trabalhar em grupo, e os adolescentes gostam de fazer coisas em turma. Aulas de bike, cardio burn, e o peak 12 são os mais procurado.

afirma Dudu Netto, diretor técnico da Bodytech.
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Segundo o diretor técnico da rede, Dudu Netto, as aulas em grupo e o treinamento funcional são os programas mais procurados por este público. "Por ter desafio, a gente consegue trabalhar em grupo, e os adolescentes gostam de fazer as coisas em turma. Entre as mais procuradas, vale destacar as aulas de bike e Cardio Burn—essa última é um treino de 30 minutos que mistura corrida, remo e funcional. As duas promovem alto gasto calórico! Outra grande atração entre os adolescentes é a modalidade Peak 12: são 12 minutos de alta intensidade e o melhor é que o corpo continua gastando calorias ao longo do dia, mesmo depois da atividade”.

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