Publicado em 21 de outubro de 2020 às 11:00
O ano de 2020 ainda não acabou, mas é inegável o impacto que a Covid-19 já provocou na educação e, portanto, definir as estratégias para garantir um processo pleno de aprendizagem é fundamental. Na rede estadual, o fortalecimento do Programa Escolar, implementado durante a pandemia, a ampliação da quantidade de escolas que ofertam o ensino integral e a estruturação de um conjunto de ações que vão nortear as intervenções pedagógicas estão no planejamento da Secretaria de Estado da Educação (Sedu). >
O risco de contágio por Covid-19, doença provocada pelo coronavírus, transformou as metodologias de ensino praticadas no Espírito Santo. Para evitar aglomeração e a exposição ao vírus, o governo do Estado decidiu suspender as atividades presenciais nas instituições de ensino - públicas e particulares - no dia 17 de março.>
Considerando o novo estágio de convivência com a pandemia, nas instituições de ensino superior, as aulas voltaram no dia 14 de setembro. Nas demais etapas, o retorno foi autorizado a partir deste mês. Durante o período de restrições, a Sedu lançou o Programa Escolar, que oferece aulas por meio da televisão e do acesso a um aplicativo de interação entre professores e alunos. >
Na avaliação do secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, o Programa Escolar pode ser considerado um dos legados da pandemia, capaz de fomentar o ensino híbrido de maneira articulada por áreas, e o trabalho interdisciplinar de forma presencial ou remota.>
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A proposta é avançar em algumas questões como o trabalho interdisciplinar, o uso de tecnologias, o ensino híbrido e ações a partir de temas integradores. Tudo isso na nossa rede estadual compõe o Programa Escolar. Deixo claro que ele não substitui de maneira nenhuma a escola. Se fosse isso, não falaríamos da importância de voltar às aulas presenciais, ressalta Vitor de Angelo.>
A Sedu também articula a ampliação da rede de escolas que ofertam o ensino integral. A secretaria, afirma Vitor de Angelo, está selecionando os municípios que vão receber a nova estrutura. Sem revelar os locais, o secretário adianta que a proposta é levar a modalidade para as cidades que não têm nenhuma escola com esse perfil.>
Estamos em diálogo com os superintendentes e diretores para construir tudo isso com a comunidade. Estamos prevendo escolas no modelo de 7 horas; escolas de 9h30; de 7h, associadas ao ensino técnico; de 9h30, sem o ensino técnico; ensino médio; avançando para séries do ensino fundamental II (6º ao 9º ano), relaciona o secretário.>
Outro destaque apontado por Vitor de Angelo é o investimento de cerca de R$ 400 milhões em estrutura física da rede pública estadual de ensino. Além dessas medidas, a Sedu planeja apresentar, até o fim deste ano, um programa que reúne todas as medidas previstas para serem implementadas em 2021. >
Será um programa que vai apresentar as intervenções pedagógicas que faremos em 2021, até em razão da pandemia. Será o ano que vamos vivenciar as consequências pedagógicas dela. Será uma ação estruturada, muito sistêmica, que olhe a partir de um diagnóstico onde estão os problemas trazidos por esse período, com a clareza de que nem tudo será resolvido em 2021, sustenta o secretário.>
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