O aprendizado conquistado a partir das experiências vividas durante a pandemia do coronavírus, desde a suspensão das aulas presenciais à volta da convivência escolar com obediência às regras sanitárias. Esse deve ser o legado deixado pelo momento de enfrentamento à doença, na avaliação do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES).
Eduardo afirma que, desde a chegada do vírus, o Sinepe tem adotado um papel de articulação junto ao governo do Estado, no sentido de entender as medidas planejadas pelos órgãos de segurança sanitária, além de criar previsibilidade sobre a postura adequada para os mais variados temas.
O que o sindicato faz é orientar. O sindicato também tem a noção política, interpretando as questões todas, interagindo com o governo. Esse é um papel de representação, de levar os interesses das escolas, de passar para as escolas qual o posicionamento do governo; fazemos essa interlocução, explica.
O Sinepe tem feito encontros de orientação sobre composição de carga horária, de organização de calendário e de questões pedagógicas. E tem feito também um acompanhamento nacional, trazendo com a equipe pedagógica, junto a outros sindicatos no Brasil, uma articulação sobre a legislação educacional, que dita as regras daquilo que vamos precisar cumprir, informa.
O trabalho da entidade tem sido tão intenso que, dois meses antes da apresentação do protocolo de biossegurança do governo estadual, o Sinepe já havia concluído o documento com um conjunto de normas que deveriam ser seguidas para que as escolas pudessem retomar as atividades presenciais. O objetivo era orientar as unidades escolares e antecipar as medidas.
Eduardo revela que um dos principais desafios da atualidade é trabalhar o retorno presencial e a oferta do ensino remoto para o público que está acompanhando as aulas de casa. Ele afirma que as instituições estão empenhadas em entregar um trabalho de qualidade.
Esse atendimento em duas modalidades diferentes é complexo. As escolas estão aprendendo, enfrentando as dificuldades e melhorando a cada dia esse modelo atual. Além disso, temos que ter o cuidado do cumprimento do protocolo e do acompanhamento das questões de saúde, que é a investigação dos casos suspeitos, suspensão de turmas caso necessário, observa.
Mesmo reconhecendo os avanços alcançados com a incorporação da tecnologia no dia a dia dos alunos e professores, Eduardo lembra que o uso do computador e das plataformas digitais não é novidade no ambiente escolar. Com a prática vivenciada, ele acredita que agora as escolas e os profissionais da educação estejam mais bem preparados para atuar em caso de novas suspensões.
É indiscutível que houve uma aceleração da incorporação da tecnologia, para os mecanismos de comunicação da escola com a casa e com outros espaços. Houve uma abertura de uma perspectiva de novas formas de se trabalhar a educação por esse meio. Se precisar suspender as aulas por qualquer motivo, saberemos tocar essas aulas no dia seguinte com a estrutura digital, conclui.
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