Publicado em 7 de outubro de 2021 às 02:30
O aquecimento global, as mudanças climáticas, o desmatamento, as secas e as perdas de biodiversidade são temas da agenda mundial de luta pela recuperação e preservação do meio ambiente. Quanto mais as questões ambientais trazem alertas para a sobrevivência de todas as formas de vida, mais cedo começa a preparação das crianças para a construção de uma nova consciência planetária.>
Neste ano, durante conferência mundial, na Alemanha, a Unesco defendeu a inserção da Educação para Desenvolvimento Sustentável (EDS) no centro das discussões de todos os sistemas de educação, em todos níveis de escolaridade, até 2025.>
Um dos segmentos escolares que vem mobilizando os pequenos para os cuidados com a natureza é a educação infantil (4 a 5 anos). A casa, a escola e a comunidade onde a criança vive formam o primeiro ambiente para o desenvolvimento de novos comportamentos e atitudes socialmente responsáveis e sustentáveis, porque o território vivido carrega o sentimento de conexão e de pertencimento.>
“Desde muito pequenas, as crianças desenvolvem uma relação com a natureza e com o outro de modo diferenciado. A escola precisa estar atenta às vivências, aos questionamentos e às narrativas que elas trazem do território em que estão inseridas, como sujeitos históricos e culturais, para sistematizar e potencializar o conhecimento socioambiental”, explica Sumika Soares de Freitas, professora do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Reinaldo Ridolfi, em Maria Ortiz, Vitória.>
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A capital capixaba abriga um dos maiores manguezais urbanos do mundo. Que ecossistema é esse, o que produz, quais espécies da flora e da fauna vivem neste espaço, o que está sufocando a vida deste lugar, como as famílias interagem e retiram o sustento deste ambiente, quais elementos culturais, como a panela de barro, derivam deste ecossistema? São pistas para o aprendizado das crianças por meio de conversas, contação de história, atividades de desenho, pintura, dança, teatro e caminhadas ecológicas realizadas pela escola.>
Inspirado na missão de formar crianças e jovens capazes de cuidar de si, do outro e do mundo, o Colégio Americano também acredita que a educação ambiental nesta idade deva partir da dimensão concreta para o abstrato. “As experimentações objetivam a sensibilização e a conscientização dos alunos, partindo de situações da realidade das crianças para, aos poucos, se aproximarem de conhecimentos mais subjetivos”, explica a coordenadora pedagógica da Rede de Colégios Americano, Monique Montenegro.>
Uma das experiências é o envolvimento das crianças no plantio, cultivo e na colheita da horta escolar e na construção de composteiras para produção de adubo natural com os restos de lixo orgânico.>
Monique Montenegro
Coordenadora pedagógica do AmericanoO aprendizado com a horta e a composteira das unidades de Vila Velha, Serra e Guarapari desperta as crianças para diferentes conceitos socioambientais neste momento da vida cheio de curiosidade, disposição e descobertas.>
“Os alunos colocam as mãos na terra, descobrem como os alimentos são produzidos, que trabalhador prepara e cultiva os produtos, quem tem acesso aos alimentos, como descartar ou reaproveitar os restos de lixo, quais os impactos do descarte inadequado destes resíduos no meio ambiente. Vamos estabelecendo relações e despertando a consciência para as problemáticas”, explica a coordenadora.>
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