Publicado em 19 de julho de 2021 às 14:34
A variante delta da covid-19 está presente em mais de 111 países no momento, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em sessão virtual da entidade, a líder técnica da resposta à pandemia, Maria Van Kerkhove, ressaltou que esse número pode ser ainda maior, dada a limitação de fazer o sequenciamento do vírus em alguns países. "Estamos buscando entender por que a variante delta é mais transmissível", disse Kerkhove. O objetivo, segundo ela, é reunir todas as informações sobre a cepa e estudar se precisarão ser feitas mudanças nas orientações da OMS. >
Em dois países, dados sugerem maior risco de hospitalização provocada pela variante delta, segundo Kerkhove. "Não vimos, porém, isso se traduzir em maior gravidade nos casos, nem em mais mortes". A especialista também informou que a cepa lambda, identificada pela primeira vez no Peru, circula em mais de 30 países e continua listada como variante de interesse.>
"A variante delta em um cenário no qual nem todos têm acesso à vacina, no qual há o aumento da mobilidade de pessoas, com aglomerações, e retirada de medidas de restrição, é uma loteria mortal que estamos jogando", disse a líder. "Essa não é a última variante de preocupação da qual falaremos. Não dizemos isso para assustar as pessoas, mas porque há muito que podemos fazer.">
Na última semana, as Américas relataram mais de 1 milhão de casos positivos de covid-19 e mais de 22 mil mortes. O número representa 25% dos casos e cerca de 40% das mortes de todo o mundo. A informação também foi dada por Maria Van Kerkhove. Ao redor do globo, no mesmo período, o aumento foi de 11,5% nos casos de covid-19 e 1% nas mortes, de acordo com a OMS. Na Europa, onde a variante delta tem sido uma preocupação, os casos subiram 21%.>
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Kerkhove pontuou que, no Brasil, foram quase 300 mil casos reportados na semana passada. "Todos os países na América do Sul passam por uma situação muito difícil e nem todos têm as ferramentas para lidar com a situação", disse.>
O diretor executivo da OMS, Michael Ryan, observou que, devido à baixa taxa de vacinação na região, o número de casos do coronavírus impactam imediatamente no número de hospitalizações o número de mortes. "As Américas do Sul e Central precisam de mais vacinas para quebrar o ciclo de alta nos casos resultarem em alta de hospitalizações e mortes", alertou.>
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