Publicado em 19 de março de 2019 às 22:34
O único acompanhante de Jair Bolsonaro no Salão Oval da Casa Branca foi o filho caçula do presidente, Eduardo Bolsonaro, que ganhou protagonismo na visita do líder brasileiro aos Estados Unidos.>
Para a reunião nesta terça-feira (19) com o presidente Donald Trump, a mais esperada de sua viagem a Washington, Bolsonaro não levou nenhum de seus ministros -nem mesmo o de Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Segundo o chanceler, sua presença não estava prevista no encontro.>
"Nem o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, estava presente." Pompeo, porém, viajou ao exterior e não participou de nenhum dos compromissos de Bolsonaro em seu país.>
Com o presidente brasileiro, entraram apenas um intérprete e Eduardo -que fala inglês. Já do lado americano, estavam presentes um tradutor, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, e Kim Brier, do Departamento de Estado dos EUA.>
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O filho do presidente afirmou à reportagem que o convite para participar da reunião reservada foi do próprio Trump: "Ele disse ao Jair: 'chame seu filho para entrar'".>
Durante a entrevista coletiva após a reunião na Casa Branca, Trump fez outra deferência a Eduardo. Pediu que o deputado, na plateia, se levantasse. Disse então que ele estava fazendo "um excelente trabalho".>
Foi também Eduardo quem fechou os detalhes para que seu pai acompanhasse Sergio Moro na sede da CIA na manhã de segunda-feira (18), em agenda que, por horas, não foi divulgada pela assessoria do Planalto.>
Na agência americana de inteligência, a comitiva de Bolsonaro se encontrou com a diretora do órgão, Gina Haspel, cuja nomeação para o cargo por Trump causou protestos. Ela era responsável por prisões secretas da CIA, em que interrogadores usavam sistematicamente a tortura como forma de extrair confissões de acusados de terrorismo.>
Eduardo foi eleito presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e tem atuado como espécie de chanceler informal do governo do pai, articulando encontros com políticos, empresários e investidores americanos.>
Em sua conta no Twitter, Eduardo disse que não está "numa competição" com Araújo e que todos os seus passos na área internacional serão dados sob orientação do ministro.>
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