Publicado em 9 de março de 2018 às 19:40
Notória por sua postura diplomática de neutralidade e conciliação, a Suíça comemorou a inédita reunião anunciada entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, oferecendo-se para mediar o encontro. Não se descarta que o país ofereça sediar uma histórica reunião prevista para maio.>
Berna está em contato com todas as partes envolvidas, informou o Ministério das Relações Exteriores suíço à agência de notícias SDA-ATS na sexta-feira (9). A oferta perene da Suíça para sediar eventuais conversas é conhecida de longa data, mas cabe às partes decidir quando e onde querem conversar, disse o ministério.>
"Cabe aos lados envolvidos decidir se, quando e onde querem fazer as conversas", afirmou a porta-voz da Chancelaria, Carole Wälti.>
Alain Berset, dono da Presidência rotativa da Suíça neste ano, encontrou representantes da Coreia do Norte durante sua viagem aos Jogos Olímpicos de Inverno, na Coreia do Sul, em fevereiro. Cinco meses antes, Berna expressou abertamente a disposição em mediar conversas entre as duas Coreias, no auge das tensões por causa de um teste nuclear de Pyongyang.>
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A Suíça tem a seu favor o histórico de neutralidade e participação diplomática em conversas históricas, como a de Ronald Reagan (EUA) e Mikhail Gorbachev (União Soviética) em 1985, em Genebra. A cidade também foi sede de conversas prévias dos EUA com os norte-coreanos e a China sobre o programa de armas nucleares de Pyongyang, no fim da décadas de 1990.>
Na adolescência, o ditador Kim Jong-un estudou na Suíça. O país mantém ainda uma pequena representação na chamada Zona Desmilitarizada (DMZ) dividida por soldados das duas Coreias, principal zona de contato entre os países.>
Além do encontro previsto para maio entre Trump e Kim, as duas Coreias têm uma histórica cúpula prevista para abril na qual espera-se um encontro entre o líder norte-coreano e o presidente do Sul, Moon Jae-in.>
Com a Suíça como potencial escolha para um histórico encontro entre Trump e Kim - o primeiro entre líderes ativos no poder dos países -, outras opções ventiladas são Nova York (sede da ONU), a DMZ e, apesar de poucas expectativas, Washington ou Pyongyang.>
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