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Movimento de dança de Michael Jackson vira estudo científico

Movimento de dança de Michael Jackson vira estudo científico

Pesquisadores investigaram como o cantor conseguia inclinar o corpo em 45 graus, como no vídeo de 'Smooth Criminal'

Publicado em 24 de maio de 2018 às 13:57

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Inclinação era possível graças a sapatos especiais no videoclipe oficial da música Smooth Criminal . (Reprodução/YouTube)

Um grupo de neurocirurgiões da Índia decidiram investigar como o cantor Michael Jackson conseguiu fazer um impossível movimento de dança no vídeo de Smooth Criminal. Com aparente facilidade, o cantor se inclina para frente em um ângulo de 45 graus sem cair e com a coluna ereta.

Na época, em 1987, alguns pensaram que se tratava de efeitos especiais para o clipe, mas se surpreenderam ao vê-lo repetir o movimento em shows ao redor do mundo.

Sem efeitos especiais ou habilidade sobrenatural, o rei do pop só conseguia realizar aquela inclinação graças a sapatos especiais e à força do seu centro gravitacional.

Toda a análise foi feita pelos pesquisadores Nishant S. Yagnick, Manjul Tripathi e Sandeep Mohindra, do Instituto de Pós-graduação de Educação Médica e Pesquisa de Chandigarh.

Os resultados foram publicados no Journal of Neurosurgery nesta semana, em que é possível ver um desenho feito pelos pesquisadores demonstrando como o movimento era realizado.

"A maioria dos dançarinos treinados com grande força no centro gravitacional alcança um máximo de 25 graus a 30graus de inclinação quando fazem esse movimento", compara os autores no artigo. Uma pessoa 'normal', segundo ele, consegue uma inclinação de 20 graus. Quem tenta copiar o movimento de Michael Jackson consegue nada mais do que dores na coluna e nos tendões.

Uma patente sob o nome do cantor mostra que o movimento era acompanhado de uma invenção inteligente. Junto com outras pessoas, ele desenvolveu um sapato especial que tinha uma abertura no salto no formato da letra V.

Na fresta triangular, era possível encaixar uma espécie de suporte, uma estaca metálica que saía do chão do palco na hora certa e permitia ao cantor obter a quantidade certa de apoio extra para realizar a façanha além dos limites fisiológicos.

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Os autores do estudo reconhecem, porém, que o truque não é o bastante. "Mesmo com sapatos especiais, o movimento é incrivelmente difícil, o que requer força dos músculos espinhais fortalecidos e dos músculos antigravitacionais dos membros inferiores", apontam.

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