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Facebook vai verificar identidade para anúncios de cunho político

Facebook vai verificar identidade para anúncios de cunho político

Anunciantes terão de confirmar identidade e localização para publicações relacionadas a política e eleições nos EUA; a partir de junho, usuários de todo o mundo poderão ver todas as publicações pagas feitas por uma página

Publicado em 6 de abril de 2018 às 19:31

Mark Zuckerberg Crédito: Arquivo

O Facebook anunciou nesta sexta-feira (6) que fará uma série de mudanças na política de anúncios e publicações pagas feitas dentro da rede social. É mais uma medida que a empresa toma para remediar os efeitos causados pelo uso ilícito de dados pela consultoria política Cambridge Analytica, bem como a influência que propagandas pagos por russos tiveram na eleição presidencial dos EUA em 2016.

"Com eleições importantes acontecendo esse ano nos EUA, México, Brasil, Índia e Paquistão nesse ano, uma de minhas prioridades é garantir que haja interferência nesses pleitos", disse Mark Zuckerberg, presidente executivo do Facebook, em um post em sua página oficial na rede social.

A principal mudança, que já começa a funcionar nos Estados Unidos nessa sexta-feira (6) é a de que qualquer anunciante que quiser fazer uma publicação paga sobre política – seja promovendo um candidato ou discutindo um tema relevante para campanhas – terá de confirmar sua identidade e localização.

Caso contrário, o anunciante será impedido de impulsionar a publicação – processo que permite que uma mensagem chegue a mais pessoas do que apenas pelo efeito viral. "Vamos ainda identificar os anúncios e as páginas terão de mostrar quem pagou por esses anúncios", disse Zuckerberg. Cada publicação paga com teor político será identificada como tal por um selo no canto esquerdo superior.

A expectativa é de que a ferramenta chegará ao resto do mundo nos próximos meses. Segundo apurou o Estado, o Facebook está trabalhando para implementá-la no Brasil antes do início das eleições presidenciais, que começam oficialmente em 15 de agosto. Para colocá-la em prática, a empresa disse estar investindo em inteligência artificial e planeja contratar mais pessoas para ajudar a rastrear essas publicações. Os usuários também poderão avisar à plataforma sobre anúncios que desconfiarem ser abusivos.

Além disso, os usuários do Facebook que forem administradores ou editores de páginas com alto número de fãs terão de ter suas identidades e localizações verificadas pela plataforma. "Será muito mais difícil para que as pessoas administrem páginas importantes com contas falsas, disseminando conteúdo desinformativo ou polarizado", declarou Zuckerberg em seu texto.

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