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Estado americano quer proibir aborto se feto tiver batimento cardíaco

Estado americano quer proibir aborto se feto tiver batimento cardíaco

Medida será a mais rigorosa do país no combate à interrupção da gravidez

Publicado em 2 de maio de 2018 às 19:48

Medida tornará o aborto ilegal antes que a maioria das mulheres perceba que está grávida Crédito: Reprodução/Pixabay

O estado americano de Iowa aprovou uma lei que proíbe a maioria dos abortos quando o batimento cardíaco do feto for detectado. O projeto já foi enviado à governadora republicana Kim Reynolds, que não declarou se assinará o texto. Se ele entrar em vigor, proibirá a maioria dos abortos após seis semanas de gravidez. Será a lei mais rígida relacionada ao tema nos EUA, segundo grupos de direitos humanos.

De acordo com os críticos, a medida tornará o aborto ilegal antes que a maioria das mulheres perceba que está grávida. O projeto exige que qualquer mulher que esteja em busca de um aborto faça um ultrassom para rastrear os batimentos cardíacos fetais. Se eles forem detectados, a gestante será impedida de interromper a gravidez.

Algumas exceções estão previstas: em casos de estupro e incesto cujas ocorrências foram relatadas às autoridades, além de casos que ponham a vida da mulher em risco.

"Estamos vivos quando nosso coração começa a bater e a vida termina quando ele para", disse a legisladora republicana Dawn Pettengil, em entrevista à CBS News.

A oposição, porém, discorda:

"Todas as mulheres, independentemente de idade, renda ou raça, devem ser capazes de obter serviços de saúde reprodutiva, incluindo o aborto, livres de barreiras políticas e econômicas", avaliou a democrata Beth Wessel-Kroeschell.

Os grupos de Paternidade Planejada e União de Americana das Liberdades Civis também se manifestaram contra ao projeto:

"Essas tentativas extremas de proibir o aborto prejudicam os padrões médicos e legais, bem como o senso comum e a opinião pública", condenou, em comunicado, Erin Davison-Rippey, diretor do grupo da Paternidade Planejada.

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