Revelado durante o fim de semana, o diretor executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, publicou um texto em seu perfil na rede social na tarde desta quarta-feira.
"Temos uma responsabilidade de proteger seus dados, e se não conseguimos, então não merecemos servi-lo", escreveu Zuckerberg.
Em menos de meia hora, mais de 4 mil pessoas já haviam reagido ao post, que registrava 737 comentários. O executivo vai ser entrevistado pela rede de TV americana CNN às 22h desta quarta-feira (horário de Brasília).
No texto, o executivo afirma que "as ações mais importantes para evitar que isso aconteça de novo hoje" foram tomadas "anos atrás". Ele reconheceu, no entanto, os erros da companhia: "Mas nós também cometemos erros, há mais a fazer e precisamos agir e fazê-lo".
No longo texto, Zuckerberg apresenta uma linha do tempo com os fatos relativos ao escândalo e a mudanças em regras de privacidade na rede social.
De acordo com o diretor executivo do Facebook, desde 2014, uma alteração na plataforma impede que aplicativos acessem dados dos amigos de usuários que tenham baixado a aplicação -- a menos que estes amigos também tenham feito o download.
Um dos problemas do recente escândalo de dados é o fato de um aplicativo baixado por 270 mil pessoas ter conseguido informações de 50 milhões de usuários valendo-se da possibilidade de coletar dados de amigos.
Confirmando expectativas, Zuckerberg falou bastante em confiança. Em um trecho, ele diz que o escândalo foi uma quebra na confiança entre o desenvolvedor do aplicativo, a Cambridge Analytica e o Facebook, mas que também representou um abalo na confiança do usuário. "E precisamos consertar isso", completou o executivo.
Zuckerberg também explicou como serão os próximos passos do Facebook em relação às questões de privacidade e aplicativos na rede social.
"Primeiro, vamos investigar todos os aplicativos que tiveram acesso a grandes quantidades de informação antes de mudarmos nossa plataforma (...) em 2014, e vamos conduzir uma auditoria total em qualquer aplicativo com atividade suspeita", detalhou.
Se forem descobertos desenvolvedores que usaram dados pessoais identificáveis, eles serão banidos, e as pessoas afetadas serão avisadas, informou Zuckerberg.
O segundo ponto prometido foi "restringir ainda mais o acesso dos desenvolvedores a dados para prevenir outros tipos de abuso". O executivo explicou que suspenderá o acesso que o aplicativo tem às informações se uma pessoa ficar três meses sem usar um app.
Outra mudança é que serão fornecidas menos informações aos aplicativos, "só o seu nome, foto de perfil e endereço de e-mail", de acordo com cofundador do Facebook. Para ter acesso a dados privados, será necessário ter a aprovação do usuário e a assinatura de um contrato.
"E teremos mais mudanças para compartilhas nos próximos dias", prometeu.
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