Publicado em 9 de maio de 2018 às 13:33
Parceira do Uber no projeto Elevate, que pretende lançar, até 2025, um sistema de aeronaves 100% elétricas capazes de transportar passageiros em centros urbanos, a Embraer trabalha no desenvolvimento de um conceito de veículo VTOL (sigla de vertical take-off and landing), que é semelhante a um helicóptero, embora mais compacto, silencioso, com funções autônomas e que decola e aterrissa de forma vertical.Antonio Campello, presidente da EmbraerX, braço da empresa com foco em disrupção, garante que o investimento "não é significativo", embora seja estratégico.>
- Quando olhamos para o futuro da aviação, temos aviões autônomos, elétricos ou híbridos (que é uma mistura de propulsão convencional com elétrico). Ao investirmos nessa aeronave, desenvolvemos tecnologia autônoma, propulsão elétrica, bateria e gestão de energia, tudo que servirá para projetos maiores do futuro - afirmou, durante o evento Uber Elevate Summit 2018, que acontece em Los Angeles, nos Estados Unidos, para debater os avanços do produto.>
Segundo o presidente, a meta de comercializar esses veículos até 2023 nas cidades iniciais (Dallas e Los Angeles) é factível, desde que a certificação e a regulamentação das cidades caminhe na mesma velocidade que os outros atores do projeto. Ele não enxerga o processo de regulamentação de drones, em vigor nos Estados Unidos desde 2016, como parâmetro para os eVTOL, que apresentam maior risco e diferentes especificidades por carregarem pessoas.>
Uma das propostas do Uber Elevate prevê a criação de aeroportos urbanos, a serem implementados em zonas estratégicas para a mobilidade. Em localidades como São Paulo, onde os lugares mais movimentados são preenchidos por prédios ou arranha-céus, Campello defende o aproveitamento de helipontos existentes. Para ele, o maior desafio está na conectividade, já que um veículo autônomo, como se pretende o eVTOL no longo prazo, dependerá de comunicações apuradas via satélite e rádio.>
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- Um veículo autônomo não pode depender de sinal que cai ou que não tem no meio dos prédios. É uma cominação de muitos sensores que pega o sinal de diversos lugares e com inteligência artificial por trás define o que é para fazer e o que não é para fazer - diz.>
A Uber não revela o valor dos investimentos no projeto, que conta com parcerias outras empresas ainda como Pipistrel, Chargepoint, Karem Aircraft, E-One Moli e um acordo de pesquisa com a NASA. Apesar da intenção de lançar essa nova solução de transporte urbano em cinco anos, desafios regulatórios e tecnológicos são o foco inicial das discussões, que ainda não contemplam o desenho do modelo de negócios.>
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