Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 10:54
A Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, fechou as portas neste domingo como uma forma de protesto contra uma nova política de impostos de Israel e uma lei proposta de expropriação de terras, que líderes religiosos chamaram de "um ataque sem precedentes aos cristãos na Terra Santa". Líderes das Igrejas Católica Romana, Ortodoxa e Armênia disseram que o local, onde cristãos acreditam que Jesus foi crucificado e enterrado, continuaria fechado até nova ordem.>
"Como forma de protesto, decidimos tomar esta medida sem precedentes e fechar a Igreja do Santo Sepulcro", disseram os principais líderes religiosos em um comunicado. Eles estiveram no templo ao meio-dia (horário local) para anunciar o fechamento até que seja encontrada uma solução com as autoridades israelenses.>
Após o protesto, um comitê do Gabinete israelense atrasou em uma semana sua avaliação, agendada para este domingo, do projeto de lei que permitiria ao Estado expropriar terras em Jerusalém vendidas por Igrejas a empresas imobiliárias nos últimos anos. O objetivo declarado do projeto de lei é proteger os locatários contra a possibilidade de que empresas privadas não prolonguem seus contratos de arrendamentos de terras.>
As Igrejas são as principais proprietárias da cidade. Elas dizem que a lei tornaria mais difícil para elas encontrar compradores para terras da Igreja vendas que ajudam a cobrir gastos de operação para suas instituições religiosas. Em comunicado, elas classificaram o projeto como "detestável", "lembrando leis similares ditadas contra os judeus durante o período mais obscuro da Europa".>
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A polícia de Israel ordenou imediatamente a evacuação dos peregrinos que visitavam o lugar "por razões de segurança". Os acessos à igreja foram fechados.>
Nas redes sociais, turistas lamentaram o fato de não poder visitar o local.>
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