O presidente Jair Bolsonaro afirmou que sai dos Estados Unidos com a sensação de missão cumprida. Pelo Twitter, ele disse que sua viagem produziu avanços em várias áreas, especialmente nas áreas econômica, de segurança e política externa. Bolsonaro passou pouco mais de dois dias em Washington, se encontrou com empresários, líderes religiosos e com o presidente daquele país, Donald Trump.
Deixamos a América com a sensação de missão cumprida. Avanços importantes alcançados na área econômica, de segurança e política externa, bem como a consolidação do novo caminho de forte amizade entre Brasil e Estados Unidos. Vamos cooperar para o bem de nossos povos!, disse o presidente brasileiro na rede social, postando também uma foto dele e de Trump no salão oval da Casa Branca. Bolsonaro e sua comitiva deixam Washington, na noite desta terça-feira (19), rumo a Brasília.
Após o encontro com Trump, em frente a Blair House, onde ficou hospedado, Bolsonaro afirmou que alguém precisava tomar a iniciativa e estender a mão, referindo-se à decisão unilateral do Brasil de dispensar visto de entrada no país para os norte-americanos. Alguém tinha que estender a mão, e fomos nós. Creio que possamos ganhar muito na questão do turismo, disse . Segundo Bolsonaro, nenhum norte-americano vem ao Brasil atrás de emprego, embora o contrário exista.
O presidente disse que o Brasil selou grandes coisas na viagem e afirmou que houve aceno positivo a respeito da aproximação do Brasil com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O presidente acredita que, com essa aproximação, o Brasil pode ganhar em parcerias nas áreas de defesa e energia, dentre outros. Segundo ele, essas conversas serão aprofundadas nas próximas semanas.
CHINA
Apesar dos elogios frequentes aos Estados Unidos e o manifesto desejo de estreitar as relações entre esse país e o Brasil, Bolsonaro afirmou que a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Ele acrescentou que vai se preparar muito para a visita que fará ao país asiático no segundo semestre. A China é nosso principal parceiro. Todos sabem que no segundo semestre vou fazer uma visita à china. Vou me preparar muito para isso. A China é importante para nós.
Bolsonaro afirmou também que o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), assinado por Brasil e Estados Unidos nesta segunda-feira (18), é vantajoso para o Brasil. Segundo ele, a base de Alcântara está deficitária.
A Base de Alcântara, para nós, está sendo ociosa, ou pior, deficitária. A entrada deles ajuda que possamos catapultar a indústria de lançamento de Alcântara. É vantajoso para nós. Há quanto tempo estamos parados lá?, disse. Ele acrescentou que o acordo também será bom para a comunidade quilombola que mora na região. Nós queremos oferecer mercado de trabalho aos quilombolas. Todo mundo tem a lucrar nessa questão.
Com o acordo, os Estados Unidos poderão lançar seus foguetes no Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão. Durante a declaração à imprensa, Trump lembrou que o local, por ser perto da linha do Equador, é ideal, uma vez que torna os voos mais curtos e, consequentemente, mais baratos. O acordo ainda precisa ser ratificado pelo Congresso do Brasil.
VENEZUELA
Trump disse na tarde de hoje que todas as opções na mesa quando o assunto é o país vizinho. Isso incluiria uma intervenção militar no país. Enquanto Trump sustenta a possibilidade, Bolsonaro evitou afirmar qualquer coisa. Disse que muito do que foi conversado sobre o assunto é sigiloso mas falou em uma saída diplomática. Diplomacia em primeiro lugar, até as últimas consequências.
Por diversas vezes o governo brasileiro afastou a possibilidade de entrar com suas Forças Armadas em território venezuelano para forçar a saída de Nicolás Maduro da presidência. Ontem (18), após evento na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, reiterou que uma intervenção no país vizinho iria contra a Constituição. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, também se manifestou de maneira semelhante, defendendo uma solução diplomática para a crise.
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