Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 15:29
A rede terrorista al-Qaeda lançou a revista feminina "Beituki" ("Sua casa", em árabe"), destinada às mulheres casadas com militantes extremistas. A publicação começou a ser produzida em dezembro e já conta com três edições na internet. As matérias não incitam ódio ou mostram imagens de guerra ou mulheres armadas. As informações são apenas conselhos sobre assuntos femininos variados.>
Os temas abordados vão desde como lidar com dores nas costas durante a gravidez até dicas para noivas frustradas com os maridos. A revista inclui também cartas de amor entre militantes do grupo extremista e suas mulheres.>
Ainda que os temas não sejam de violência, as reportagens da "Beituki" não ignoram as atividades dos maridos das leitoras-alvo. Em uma delas, o texto sugere que as mulheres cuidem dos seus maridos sobe a seguinte justificativa:>
"Você pode imaginar quanto derramamento de sangue e quantos ossos ele vê todos os dias? Suas reclamações só aumentam o estresse", sustenta a revista.>
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Ao contrário de outras revistas voltadas ao público feminino já criadas por redes terroristas, o foco da "Beituki" é fazer com as mulheres fiquem em casa, trazendo matérias e imagens sobre decoração e bebês.>
Revistas deste tipo não são novidades. Anteriormente, a al-Qaeda foi responsável pela criação da "Inspire", que chegava a ensinar nas reportagens a elaborar bombas caserias. Já o Estado Islâmico (EI) usou por meses a revista "Dabiq", que continha informações sobre os avanços militares do grupo. O Talibã, predominante no Afeganistão e no Paquistão, também chegou a lançar uma publicação, chamada "Sunnat-i-Khaula", mas as reportagens incentivavam as paquistaneses a participar do grupo terrorista.>
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