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Versão Outsider embala o Kwid

Versão Outsider embala o Kwid

Testamos o Renault que se tornou o quinto automóvel mais vendido do Brasil

Publicado em 30 de março de 2020 às 10:23- Atualizado há 4 anos

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Kwid aparenta ser maior graças à altura elevada da suspensão e às formas protuberantes
Kwid aparenta ser maior graças à altura elevada da suspensão e às formas protuberantes. (LUIZA KREITLON/AUTOMOTRIX)

A Renault desbancou a Ford e assumiu, em 2019, o posto de quarta marca que mais vende automóveis no país, atras da líder Chevrolet, da Volkswagen e da Fiat. Dos 239.227 Renault vendidos no ano passado, 85.117 eram Kwid. Com a média de 7.093 emplacamentos por mês, o Kwid deixou para trás o VW Gol e Polo e assumiu a quinta posição no ranking.

Uma novidade que ajudou a embalar a arrancada do menor dos Renault surgiu em maio, com o lançamento de versão de topo de linha Outsider, que se uniu às outras três - Life, Zen e Intense -, incorporando aprimoramentos de estilo e de conectividade.

Com 3,68 metros de comprimento, 1,58m de largura, 1,47 de altura e 2,42m de entre-eixos, o Kwid é um hatch subcompacto que aparenta ser maior graças à altura elevada da suspensão e às formas protuberantes. Ladeada por faróis alongados, a grade remete às dos utilitários esportivos da Renault. Na traseira, o aspecto de SUV é ressaltado pelo revestimento preto abaixo da tampa do porta-malas e pelo aerofólio.

Kwid aparenta ser maior graças à altura elevada da suspensão e às formas protuberantes
Kwid oferece 2,42m entre-eixos. (LUIZA KREITLON/AUTOMOTRIX)

O motor do Kwid Outsider é o mesmo 1.0 SCe (Smart Control Efficiency) com três cilindros, 12 válvulas, duplo comando de válvulas (DOHC), que move o restan te da linha, acoplado à transmissão manual de 5 marchas. Rende 70 cavalos com etanol e 66 cv com gasolina a 5.500 rpm e tem torque de 9,8 kgfm com etanol e 9,4 kgfm com gasolina a 4.250 giros.

Além do dispositivo que sugere a troca de marchas (GSI) no quadro de instrumentos, o Kwid traz um indicador de estilo de condução abaixo do velocímetro. O modelo obteve nota A nos testes de consumo de combustível do Inmetro e pode ostentar o Selo Conpet de Eficiência Energética – com gasolina, consome 14,9 km/l na cidade e 15,6 km/l na estrada, e com etanol, 10,3 km/l e 10,8 km/l, respectivamente.

A versão Outsider preserva a altura elevada do solo (18 cm) e os bons ângulos de entrada (24 graus) e de saída (40 graus) – que, segundo a legislação brasileira, permitem que se encaixe na categoria dos utilitários esportivos.

Como principal inovação, traz de série o Media Evolution, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay e tela de 7 polegadas “touchscreen” capacitiva, com melhor precisão do toque. A tela também mostra as imagens da câmera de ré.

Kwid aparenta ser maior graças à altura elevada da suspensão e às formas protuberantes
Porta-malas do Kwid possui 290 litros e sai na frente de alguns concorrentes. (LUIZA KREITLON/AUTOMOTRIX)

Externamente, o Outsider recebeu barras de teto decorativas, proteções laterais, molduras do farol de neblina na cor preta, além de adesivações com o logo “Outsider” nas portas dianteiras.

Traz de série airbags frontais e laterais, dois Isofix, direção elétrica, ar-condicionado, travas e vidros dianteiros elétricos, retrovisores elétricos, faróis de neblina cromados, abertura elétrica do porta-malas e chave dobrável. O preço da versão Outsider é R$ 45.190.

Experiência a bordo

Nos bancos frontais, não há espaço de sobra, entretanto, motorista e passageiro se acomodam razoavelmente bem, e a posição de dirigir é elevada. Por não ter ajuste de altura do volante e do banco, a solução é ajustar para trás ou para a frente até achar a melhor posição. Para quem viaja atrás, o espaço é justo - três adultos é um exagero. O porta-malas acomoda 290 litros - supera alguns hatches compactos, como Onix, Gol e Ford Ka.

Embora todo o marketing que envolveu o lançamento valorize a emoção, o Outsider se sai melhor dentro de uma proposta de utilização mais racional. Como pesa apenas 806 quilos nessa versão, o subcompacto até facilita a tarefa do trem de força, mas não chega a oferecer esportividade. O torque máximo só aparece a elevados 4.250 rpm e deixa evidente que o isolamento acústico é deficiente.

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O câmbio manual de 5 velocidades tem engates razoavelmente precisos. O ajuste mais rígido da suspensão, necessário para evitar que um carro estreito e curto com a suspensão tão elevada incline demasiadamente nas curvas, acaba sacrificando um pouco o conforto, passando para os ocupantes as irregularidades das vias. Os aros 14 não ajudam muito em termos de estabilidade. Ou seja, não se trata de um veículo de direção radical. Em compensação a altura elevada representa boa desenvoltura em lombadas e valetas. Na prática, o modelo é melhor aproveitado na cidade ou para viagens curtas, mais coerentes com sua proposta urbana.

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