Em setembro de 2019, às vésperas da nova geração do Onix, a Chevrolet lançou o Onix Joy 2020, que passou a adotar a carroceria igual àquela que estreou na linha do hatch em julho de 2016. Semanas depois, com o lançamento da nova geração do Onix, essa única versão com carroceria de 2016 foi rebatizada apenas com o nome Joy e abandonou a nomenclatura original.
Dentro das opções de configuração do Joy, o pacote de opcionais Black investe em dar um aspecto mais sofisticado ao hatch mais básico da Chevrolet. Para brigar entre os compactos mais baratos do Brasil, o Joy parte de R$ 50.150. Já a versão Black começa em R$ 50.890, ambas na cor metálica Preto Ouro Negro a única que não encarece o preço do carro.
Com a manutenção da carroceria antiga do Onix no Joy, a Chevrolet busca melhorar a relação custo/benefício para atender a quem procura um hatch razoavelmente equipado por um preço acessível.
Em termos estéticos, o Joy não traz novidades expressivas. Capô, grade, faróis, lanternas e para-choques são os mesmos apresentados na linha Onix no facelift de 2016. Os equipamentos de série continuam iguais: ar-condicionado, alarme, direção elétrica, travas e acionamento dos vidros frontais elétricos.
A versão top do Joy é a opção de acabamento Black, que agrega somente itens decorativos: o indefectível logo gravatinha da Chevrolet vem em versão Bow Tie com fundo preto, a moldura da grade e as carenagens dos retrovisores externos são em preto brilhante, as luzes de posição diurna em leds, as rodas aro 15 têm calotas escurecidas e as maçanetas pintadas na mesma cor da carroceria. O para-choque tem a mesma cor do veículo e o farol vem com máscara negra com detalhes cromados. As lanternas, as mesmas das versões mais caras do Onix anterior, invadem levemente a lateral. Por dentro, o Joy em versão Black apresenta acabamento do tablier e dos bancos em tons de preto e cinza e volante com moldura em preto. O estilo da versão Black do Joy é uma releitura simplificada da configuração Black Bow Tie, disponível para o sedã médio Cruze e do hatch Cruze Sport6.
O hatch de entrada da Chevrolet é movido pelo já conhecido motor 1.0 flex de quatro cilindros com 80 cavalos de potência a 6.400 e torque de 9,8 kgfm a partir de 5.200 rpm quando abastecido com etanol que, na nova geração do Onix, foi substituído pelo 1.0 aspirado flex de três cilindros com 82 cavalos a 6.400 e 10,6 kgfm de torque a 4.100 rpm, também com etanol. No Joy, a transmissão manual de 6 marchas tem indicador de troca para tentar melhorar a eficiência do motorista. De acordo com o Inmetro, o Joy roda 15,2 km/l na estrada e 12,8 km/l na cidade com gasolina. Com etanol, as médias são 10,5 km/l e 8,7 km/l, respectivamente.
Para quem não aprecia a cor metálica Preto Ouro Negro, há as opções (cobradas à parte): Branco Summit e Prata Switchblade, Vermelho Chili, Cinza Graphite e Azul Blue Eyes.
O bom espaço interno do velho Onix se mantém como um dos maiores atrativos do Joy. Leva quatro adultos com conforto. Por dentro, o hatch entrega mais a idade do projeto, já que o design interior é o mesmo desde 2012 e visivelmente datado. O banco do motorista é um tanto alto para um hatch, o comando dos vidros fica próximo à alavanca de freio de mão, e todos os plásticos são rígidos.
O multimídia, opcional, traz uma interface mais simples do que a conhecida central MyLink, embora ofereça funções similares. Há até TV digital que, só exibe imagens quando o veículo está estacionado. Falta um sistema mais prático de abertura do porta-malas, que só pode ser feita com a chave.
O modelo se mostra eficiente, boa parte do torque está disponível já a partir dos dois mil giros. Nas subidas mais íngremes ou quando necessário ganhar velocidade rapidamente para uma ultrapassagem, é preciso acionar manualmente as marchas.
Uma vantagem é que o câmbio manual do Joy permite trocas suaves e precisas, facilitando o uso no trânsito cotidiano. A embreagem é macia e torna o trabalho pouco cansativo.
Nas viagens, o hatch acelera rápido para ganhar velocidade e entrar em uma via expressa. Com a velocidade estabilizada e em sexta marcha, o Joy desenvolve bem e mantém o ritmo. A direção elétrica é bem calibrada, e a suspensão é rígida. Um inconveniente do hatch é o elevado nível de ruído a bordo. Talvez por conta de aliviamento de revestimento acústico, o Joy é mais ruidoso que os antigos Onix com o mesmo powertrain.
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