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Surfe, sup e muito mais: esportes no mar são a onda certa no verão

Surfe, sup e muito mais: esportes no mar são a onda certa no verão

A estação mais quente do ano trás um leque de esportes que aliviam o calorão

Publicado em 26 de dezembro de 2018 às 01:01

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A canoa havaiana é um dos esportes queridinhos e típicos do verão . (Fábio Vicentini )

Os termômetros já ultrapassam facilmente os 30 graus e as praias estão lotadas, sinalizando que o verão já está bombando. Na estação mais quente do ano, os esportes aquáticos são os mais procurados por aqueles que querem estar sempre em movimento. Se esse é o seu caso, não se preocupe, o mar está logo ali! Em Vitória, não faltam são opções de esportes refrescantes para deixar mais ameno até mesmo o mais quente dos dias. Sem contar o visual incrível que dá para curtir durante a atividade.

Além da já conhecida natação, outras opções têm ganhado espaço entre os capixabas. A canoa havaiana e o stand up paddle, por exemplo, têm praticantes fiéis, que chegaram a mudar o estilo de vida para se adaptarem ao esporte. Há quem acorde bem cedo (muito!) para cair no mar e aproveitar o início da manhã em conexão com a natureza.

A empresária Sarah Zimmer pratica e trabalha com o sup. ( Fábio Vicentini)

A empresária Sarah Zimmer, de 33 anos, conheceu o esporte há 3 anos. Foram duas amigas que à apresentaram a canoa havaiana. “Eu nunca tinha nem reparado as canoas na praia. Duas amigas me chamaram e eu comecei a ir”, contou.

Remar foi aos poucos se tornando a grande paixão de Sarah. Quase dois anos depois, a empresária, já apaixonada pela modalidade, conheceu Víctor Negrão, um professor de educação física que remava em um clube diferente. Aí foi só juntar as duas paixões e pronto, os dois fundaram um novo clube de canoa havaiana na Praça dos Namorados.

“No começo desse, ano eu e o meu noivo montamos um clube novo, o Makaira Paddles Club. Já são 80 alunos remando com a gente”, disse a empresária.

Além da fama de cupido, de acordo com Sarah, o esporte também fortalece laços de amizade. “Quando você pratica a canoa é necessário remar com outras pessoas. É um trabalho em equipe, uma troca simultânea. A gente costuma dizer que formamos famílias porque convivemos todos os dias, nos relacionamos dentro e fora da água. Toda essa cooperação cria vínculos”, afirmou Sarah.

A empresária contou que a principal dificuldade para quem começa no esporte é se adaptar aos horários. “A maior dificuldade era a rotina de acordar cedo, mas tudo é uma adaptação. O corpo acostuma, agora eu acordo cedo todo dia, tenho uma outra rotina.”

Além do amor, a canoa trouxe outras experiências para a vida dela. De acordo com a empresária, foi remando que ela começou a ter uma nova relação com a natureza.

“O contato diário com a natureza, estar dentro da água toda manhã antes de começar a rotina, o seu dia é outro. É um sentimento inexplicável. É um outro dia, já começa diferente. Essa troca com a natureza é muito importante” disse.

O mar nunca é o mesmo, e por isso, cada dia é um dia na canoa havaiana. A empresária conta que o esporte possibilita um entendimento maior do nosso papel em meio à natureza. “Às vezes nós vemos animais. Tartarugas, golfinhos, e aí você vê que tudo na natureza tem uma conexão, percebe que faz parte daquele meio. Não é só um exercício, é quase uma religião, é muito diferente”, atesta.

A forma como Sarah vê a cidade onde mora também mudou bastante depois que ela começou a remar. “A perspectiva de dentro do mar para o continente é diferente demais. Vi todas as praias de perto, a gente vê o lugar que mora com outros olhos. Eu passo na Terceira Ponte e penso ‘nossa, que vontade de remar’. É algo indescritível”.

STAND UP PEDE PASSAGEM

A jornalista Andrea Nunes encontrou no stand up uma alternativa para aliviar as dores no joelho. (Arquivo Pessoal)

Mas nem só na canoa havaiana se rema no verão. O stand up paddle também tem um lugar reservado no coração dos capixabas. Bastante conhecido entre os banhistas, o esporte atrai cada vez mais praticantes.

A jornalista Andrea Nunes, de 31 anos, conheceu o esporte em uma praia na Bahia e resolveu praticar quando descobriu que ajudava a aliviar dores. “Eu sofri uma lesão no joelho e percebi que, quando eu remava, sentia um alívio”, contou.

No sup, como a modalidade é conhecida, a conexão com a natureza também é uma realidade. “A maneira como você interage com um esporte no mar é muito diferente. A sua relação com a natureza muda muito. Eu já fui remar no pôr do sol, olhei em direção aos prédios e vi o pôr do sol, é a coisa mais linda, uma nova perspectiva”, afirmou.

Foi remando que Andrea descobriu também alguns cantinhos do nosso litoral. “A praia secreta, eu descobri e nem sabia que existia. Quando eu falo da minha relação com o mar, as pessoas que vivem na praia não acreditam”.

KITESURF E OS BONS VENTOS

Enquanto uns remam, outros preferem velejar. Para praticar o kitesurf é preciso mais que apenas amar o mar, já que as condições dos ventos também precisam estar favoráveis à modalidade.

Para os interessados, notícia boa: O verão capixaba tem tudo para agradar aos que desejam conhecer o nosso litoral sob uma nova perspectiva. No Estado, a temporada de vento ideal para a prática do esporte vai de setembro à março, ou seja, o verão é a temporada ideal para quem quer velejar!

Filipe Gomes Lima é praticante de Kitesurf há cinco anos . (Arquivo Pessoal)

Atleta há cinco anos, o presidente da Associação de Kitesurf do Espírito Santo, Filipe Gomes Lima, de 38 anos, conheceu o esporte por um amigo e procurou uma escolinha, em Camburi. “Eu surfava, já tinha uma relação com o mar, mas o kite te dá uma visão diferente porque você percorre grandes distâncias, faz passeios por toda a orla”, explica o kitesurfista.

O empresário contou que o Kitesurf, apesar de ser considerado um esporte radical, proporciona ângulos que outros esportes não proporcionam. “É diferente navegar em um barco, ou remando. O Kitesurf te dá uma visão única do mar, porque vai sozinho, é só você e o mar”, diz.

Segundo ele, o esporte muda a visão das pessoas sobre o litoral capixaba. “A gente passa a valorizar mais o lugar onde mora. Temos a mania de achar que no Estado não tem locais interessantes e turismo. Mas quando você realmente conhece, o que se vê é que o nosso Espírito Santo é mais bonito que muitos lugares conhecidos no Brasil”, disse.

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A perspectiva da contemplação também muda bastante depois que se pratica o esporte. Filipe contou que já velejou ao lado de golfinhos, e que um de seus amigos já avistou uma Orca em um de seus passeios. “A perspectiva do mar para terra é diferente. Não se ouve o barulho, só contempla.”

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