De olho no Campeonato Mundial de Muay Thai, que vai acontecer na Tailândia, quatro atletas capixabas vão disputar o Campeonato Brasileiro da modalidade nos dias 20 e 21 deste mês. O torneio dá vagas para o Mundial da categoria. Os atletas Ezequiel Madeira (conhecido como Ezequiel Dragão), Hiago Fernandes, Higor Santos e Wesley Freitas, conhecido como Amazonas, contam com o treinamento do Diego Diniz.
Atual vice-campeão mundial de muay thai, Hiago Fernandes, 22 anos, compete na categoria profissional e está em busca do cinturão que disputará com oito atletas. Para ele, os treinos mais intensos e a alimentação são fundamentais para conquista do título.
A intensidade dos nossos treinos aumentaram, são quatro horas por dia, entre muay thai, musculação focada no funcional e corrida. Além disso, a alimentação regrada também é essencial para que a gente conquiste bons resultados, comenta.
Hiago está invicto no Brasil. Das 18 lutas que já disputou, perdeu apenas três, e por isso está confiante para esse próximo campeonato. Além de estarmos nos preparando bastante, nunca perdi uma luta no Brasil, e isso de certa forma dá uma certa confiança, afirma.
No muay thai, assim como em outros esportes, o peso do atleta influencia na categoria em que ele irá disputar. Por isso, é importante que se faça uma dieta para controlar o peso, seja para ganhar ou perder. O atleta Higor Santos, 19 anos, que vai disputar na categoria pro amador está de olho nisso. Fico controlando o meu peso para estar de acordo com a categoria. Diminuo a ingestão de água dias antes dos campeonatos e, se preciso, fico até algumas horas sem comer para perder peso, relata.
No entanto, até o dia do campeonato, há uma outra luta: os atletas e o treinador vão de ônibus até o local da competição, que vai acontecer em Campo Grande-MS. Até o local, são 30 horas de viagem. Segundo o treinador Diego Diniz, se o esporte tivesse mais incentivo, as condições para a luta poderiam ser melhores. A viagem é longa e cansativa. Poderíamos aproveitar essas 30 horas de outra forma se contássemos com apoio de patrocinadores, e aproveitaríamos para treinar mais, comenta.
Para ajudar a custear os gastos das viagens e dos treinos, os atletas e o treinador, com o apoio dos alunos da academia em que treinam, fizeram uma rifa para que a viagem fosse possível.
O autor é residente em jornalismo. Texto sob supervisão de Filipe Souza.
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