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Capixaba da luta olímpica quer Sul-Americano e sonha com Tóquio-2020

Capixaba da luta olímpica quer Sul-Americano e sonha com Tóquio-2020

Com apenas 20 anos, capixaba Rafael Crystello é apontado como uma das maiores promessas da luta olímpica brasileira para o ciclo de Tóquio-2020

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 20:21

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Quatro vezes campeão brasileiro, ouro no Sul-Americano e prata no Pan-Americano e na Copa do Brasil. O currículo de dar inveja a qualquer atleta "casca-grossa" pertence ao jovem Rafael Crystello, de apenas 20 anos. Natural de Vitória, no Espírito Santo, o lutador da categoria até 130kg do estilo greco-romano é apontado como uma das principais aposta da luta olímpica brasileira para o ciclo dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Integrante de um projeto esportivo da Marinha do Brasil, onde treina no Rio de Janeiro, ele ainda mantém os traços juvenis e não dispensa um videogame nas horas vagas - maneira que encontra para relaxar.

Rafael Crystello . (A Gazeta)

O capixaba treina incansavelmente, focado em um objetivo a ser concretizado em 2018. Atleta que chama a atenção pela grande estrutura física que possui, ele se prepara para conseguir uma vaga na seleção brasileira da modalidade. Para alcançar a façanha, Rafael precisa erguer a taça de campeão brasileiro adulto (categoria até 130kg). A competição tem data marcada para começar em fevereiro. Posteriormente ao torneio nacional, o jovem pretende ir com tudo para tentar o pódio nos Jogos Sul-Americanos.

“Começo o ano focado no Campeonato Brasileiro, pois é a competição que me permitirá integrar a seleção e, como consequencia, terei condições de ir para o Sul-Americano. Além disso, estou esperançoso de ter um ano melhor do que tive em 2017 para entrar com tudo em busca do meu espaço entre os adultos na Olimpíada de Tóquio. Já estive na Ásia para um período de adaptação e acredito que posso sonhar com isso”, comentou.

Rafael Crystello treina com Bruno de Paula. (A Gazeta)

Rafael Crystello é o atual número 2 dentro de sua categoria, que tem o armênio naturalizado brasileiro, Eduard Soghomonyan, como o principal adversário a ser batido. Em 2016, os dois competidores se encontraram no Brasileiro de Luta Olímpica. Melhor para Eduard, que despachou Rafael na grande decisão, num confronto que ainda deixa o lutador engasgado.

“Tenho a intenção de enfrentá-lo no futuro e vencer. É algo que penso bastante, mas também não posso ficar focado nisso porque tenho interesses maiores. Mas quando acontecer, e se acontecer essa luta em algum momento, estarei pronto”, afirmou.

Preparação reformulada

Nascido em Vitória, Rafael Crystello começou a praticar luta olímpica por influência do pai, que é judoca e amante de lutas. Antes, porém, ele tentou a sorte no jiu-jítsu, onde recebeu grande apoio do amigo Bruno de Paula, um dos mestres de artes marciais mais respeitados do Espírito Santo. Ao mudar de esporte, os resultados foram aparecendo de forma rápida e progressiva. Ainda júnior, venceu quase todas as competições possíveis. Em 2014, ganhou o Sul-Americano da categoria. Um ano depois, acabou se classificando para as Olimpíadas da Juventude, realizada na China, e faturou o Pan-Americano de lutas.

“Meu desenvolvimento no esporte e crescimento como atleta se dá por eu sempre ter tido pessoas inspiradoras a minha volta. Meu pai foi o maior incentivador lá no início, o professor Bruno de Paula também foi fundamental. Além deles, o meu ex-técnico cubano, Jean Luis Maren, e o Flávio Cabral também me ajudaram bastante a evoluir na modalidade. Agradeço a Deus por isso”, vibra o lutador.

Rafael conhece bem o caminho que precisa traçar para chegar aos Jogos Olímpicos de Tóquio: intensificar os treinamentos. E para chegar na forma física que almeja, o capixaba conta agora com o auxílio de treinadores brasileiros - antes ele era treinador pelo cubano Juan Marén.

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“Já tinha sido treinado por técnicos brasileiros antes e gosto. Lógico que perder o conhecimento que o Juan me passava, até por ele ser uma lenda do esporte, foi bem ruim, mas acredito no trabalho que vem sendo feito”, concluiu.

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