Publicado em 9 de maio de 2025 às 16:00
- Atualizado há 7 meses
Quando o período de chuvas se aproxima, os imóveis podem sofrer com a intensificação de problemas como umidade, manchas, mofo e rachaduras. Entretanto, é preciso se atentar ao fato de que esses incômodos não surgem do nada e, na verdade, resultam da falta de uma impermeabilização eficaz. >
Esse processo é essencial, pois isola e protege a superfície da umidade. Sem essa espécie de barreira, a água penetra livremente nas estruturas da edificação, podendo gerar danos que interferem diretamente na saúde dos moradores, como o desenvolvimento de bolor, fungos e limo, microorganismos e microvegetações que causam problemas respiratórios; e também na durabilidade, segurança e visual da estrutura. >
"A infiltração pode passar até de um andar para o outro dentro de uma casa ou edifício. Esse líquido, em contato com o cimento ou concreto armado, que não são impermeáveis, entra nos materiais por capilaridade e pode atingir o aço da construção, que oxida e pode gerar danos estruturais e corrosão Algo perigoso, pois pode ter como consequência, além do impacto estético, risco de futuros desabamentos", conta o engenheiro civil, ambiental e de segurança do trabalho Giuliano Battisti, que também atua no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) como gerente da Unidade Técnica e Institucional.>
E quem acha que mesmo assim a impermeabilização não é prioridade na hora de planejar a construção de um imóvel, pode ver esse impacto também no bolso. >
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"Durante a construção, impermeabilizar custa cerca de 3% do valor total da obra, mas corrigir infiltrações e outros danos depois do problema pode custar mais de 30% desse valor. Portanto, investir na impermeabilização evita gastos maiores e dores de cabeça no futuro", afirma o gerente da Politintas Valdelino Brozeghini. >
Com a importância desse processo, surge a dúvida: qual é o momento certo para impermeabilizar a casa? Nesse caso, o quanto antes, melhor, para evitar que a água adentre a construção, logo em seu início, e comece a gerar danos antes mesmo da conclusão da obra. >
Mas antes de sair passando os produtos, Giuliano destaca que o mais importante é contratar um engenheiro qualificado, que vai elaborar o cronograma de impermeabilização que mais se adequa às características do imóvel. >
"Se o processo for feito sem planejamento e com muita antecedência, o andamento da obra pode ser prejudicado; e se demorar muito a ser feito, o problema da umidade já pode aparecer. Por isso, essa impermeabilização deve ser feita no período adequado desenhado pelo profissional, que prevê também a manutenção do procedimento e especifica qual produto deve ser utilizado", aconselha. >
A especificação do produto, inclusive, também é importante pela variedade de locais em que deve ser realizado o procedimento. Lajes, paredes, fachadas, pisos, piscinas, muros, marquise, calha, telhas e reservatórios elevados ou enterrados são só alguns exemplos de espaços que necessitam da impermeabilização e cada um deles pede por um produto e processo de aplicação diferentes. >
"O produto deve ser escolhido de acordo com o tipo de uso. Temos impermeabilização com manta asfáltica, manta líquida, à base de acrílico, entre outras que variam entre texturas rígidas e flexíveis. A aplicação também pode ser feita com mais de um material, como pincel ou rolo. Tudo vai depender das especificações do imóvel", completa Giuliano. >
Com o cronograma e especificações feitos, é importante ter em mente as vantagens de fazer esse procedimento. "São muitas as vantagens em usar impermeabilizantes durante a construção. Ao impermeabilizar a fundação no momento certo, você evita problemas como a corrosão e a umidade ascendente, que é aquela que sobe pelas paredes até cerca de 1,5 metro de altura. Nos rebocos, a impermeabilização garante proteção contra infiltrações e aumenta a durabilidade da alvenaria. Além disso, aplicar impermeabilizante nos contrapisos e argamassas é um reforço extra que garante mais resistência, segurança e evita que os pisos se soltem", comenta Valdelino. >
No caso da compra ou aluguel de imóveis usados, muitas vezes, o novo morador não sabe se o sistema de impermeabilização foi feito corretamente ou se está em boas condições e, até mesmo, se depara com um cenário em que o mofo e manchas já estão instaurados nas paredes. Por isso, é fundamental contratar um engenheiro especializado, que realizará uma vistoria técnica no local.>
"A manutenção da impermeabilização é essencial, mesmo após a entrega do imóvel, seja ele novo, seja usado. Com base nas características da construção e no estado atual da edificação, esse profissional poderá elaborar um plano de manutenção adequado, indicando os cuidados necessários e a frequência ideal para garantir a durabilidade e a eficiência da impermeabilização. Assim, mesmo que o imóvel já esteja com infiltração, é possível resolver o problema", finaliza Giuliano. >
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