Publicado em 21 de junho de 2023 às 17:44
Tem mudança chegando para o Minha Casa Minha Vida (MCMV). O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou as medidas propostas pelo governo federal. Foi anunciado um aumento no teto dos imóveis inscritos no programa e no subsídio ofertado para famílias das faixas 1 e 2, além da redução nas taxas de juros para famílias com renda mensal de até R$ 2 mil. >
“Isso cria uma margem de novos empreendimentos, em especial, porque o custo vem subindo desde a pandemia. O teto, então, estava muito baixo para um mercado que vinha evoluindo muito rápido. Com esse aumento, é possível alcançar mais pessoas”, pontua o vice-presidente jurídico da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Gilmar Custódio.>
Afinal, agora os beneficiários da faixa 3 poderão adquirir imóveis com valor máximo de até R$ 350 mil, antes R$ 264 mil, em todo o território nacional. Entretanto, vale destacar que esse valor se refere apenas às famílias com renda máxima do programa. Para as faixas 1 e 2 do MCMV, o limite foi reajustado de R$ 190 mil para R$ 264 mil, a depender da localidade. >
O subsídio oferecido pelo FGTS também foi reajustado. O valor, que não era revisto desde 2017, agora pode chegar até R$ 55 mil. Já em relação aos juros, nas regiões Norte e Nordeste as taxas foram reavaliadas de 4,25% para 4% ao ano, e de 4,5% para 4,25%, anualmente para o Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Ambas as porcentagens são para famílias com renda mensal de até R$ 2 mil. >
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Para Gilmar Custódio essas medidas abrem novas perspectivas de lançamentos para os próximos meses. Dessa forma, o Hub Imobi procurou algumas construtoras para compreender um pouco mais sobre esse cenário e quais as expectativas para o mercado nos próximos meses. >
O diretor comercial da Morar, Filippe Vieira, explica que no teto antigo, apenas, 40% do estoque disponível da construtora estava enquadrado dentro do programa. Hoje, com as novas medidas, 100% das unidades poderiam estar disponíveis para os beneficiários. >
Por isso, as expectativas são as melhores possíveis para os próximos meses. Inclusive, novos empreendimentos devem ser lançados na Serra e em Vila Velha pela construtora. >
“Os imóveis já tinham aumentado de preço por conta do custo operacional. Mas, com o novo valor de teto, não temos mais a mesma limitação de antes. Estávamos com muito projetos que antes não conseguíamos lançar, mas agora, com essas mudanças, vamos conseguir tirar muita coisa do papel”, destaca. >
Essas alterações, aliás, eram algo que vinha sendo pleiteado pelas construtoras há algum tempo, conta o gerente comercial da De Martin Construtora, Thiago Rizzo. Segundo ele, esse novo cenário vai abrir novos espaços de atuação no mercado. >
“O apelo pandêmico foi muito complexo, porque o material cresceu, em média, 45% e muitas construtoras não conseguiam mais absorver as demandas. Isso foi repassado para o público final, que se tornou mais restrito”, finaliza. >
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