Publicado em 10 de junho de 2025 às 10:22
O calendário do futebol brasileiro tem sido cada vez mais debatido entre torcedores e dirigentes. Após a eleição de Samir Xaud, novo presidente da CBF, a discussão ganhou mais desdobramentos. Representante dos clubes da Série D, Rogério Siqueira acredita que o novo mandatário pode viabilizar a criação de uma quinta divisão nacional. No Espírito Santo, os principais times aprovam a ideia da expansão do Campeonato Brasileirão. >
Hoje, apenas dois clubes capixabas disputam o Campeonato Brasileiro Série D. É o caso de Rio Branco-ES e Porto Vitória, na atual temporada, que conquistaram as vagas ao levantarem os títulos do Campeonato Capixaba e Copa ES, em 2024, respectivamente. O baixo número de capixabas no torneio é devido ao ranqueamento do Espírito Santo entre as federações da CBF (21º de 27 possíveis). >
Em toda a temporada, as equipes filiadas à FES, que não estão inseridas no calendário nacional, possuem uma limitação de jogos na temporada. No ano, quem disputa apenas o Campeonato Capixaba, entra em campo ao menos nove vezes. Durante a temporada, a equipe que disputa o Estadual Série A e a Copa ES, tem 19 jogos garantidos. Os clubes que disputam o torneio regional e a Série B, jogam 17 partidas, no mínimo. Por fim, aqueles que competem apenas na divisão de acesso, podem entrar em campo apenas sete vezes no ano.>
O CEO do Rio Branco-ES, Renato Antunes, analisou a ideia de forma positiva e chamou atenção para o tamanho do Brasil e da quantidade de clubes afiliados à CBF. Muito além do futebol, o gestor também entende que seria uma oportunidade para gerar empregos e renda no cenário.>
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- Sou favorável à criação da Série E. Em um país com dimensões continentais como o Brasil, termos apenas 124 clubes disputando uma competição nacional, de um total de 600 clubes filiados, o que é muito pouco. Isso seria importante, principalmente agora, com a possibilidade de redução de datas dos estaduais. Na base da pirâmide estão os clubes que não têm divisão, os jogadores desempregados. Com isso, a criação da Série E seria benéfica para todos: clubes e jogadores - opinou Renato Antunes ao ge.globo.>
O diretor-geral da Desportiva Ferroviária, Vinicius Domingues, analisa a oportunidade de forma positiva, mas faz questão da manutenção do formato de disputa da Série D, para que o Espírito Santo siga sendo representado por, no mínimo, dois clubes no torneio da quarta divisão. >
- Acho que seria muito importante, principalmente para clubes que ainda que não tem calendário. Nesse cenário, acredito que a nossa ideia seria não mudar o formato da Série D, o que iria fazer com que mais clubes do Espírito Santo teriam calendário anual. A Série E poderia ser para outros clubes que não tem esse calendário. Então, acredito que ter uma rotatividade possa ser muito importante. Ajudaria bastante, mas sequer foi debatido, por ser um tema novo - disse Vinicius Domingues em entrevista ao ge.globo.>
Por fim, o CEO Léo Casula, do Porto Vitória, afirmou que ainda não houve debate interno sobre o tema na Federação do Espírito Santo. No entanto, o mesmo entende que o tema seja primordial para se extrair os benefícios do futebol para jogadores e clubes.>
- Acredito que seja necessário esgotar ao máximo o tema. Precisamos gerar esse debate entre CBF, federações e clubes, entendendo qual seria o formato de disputa, o formato de classificação, entender os benefícios, sempre considerando os estaduais em termos de calendário, já que são grande gerador de emprego no futebol brasileiro - finalizou Léo, em entrevista ao ge.globo.>
Matéria feita por Tiago Taam - do portal Ge.globo>
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