"Falta de respeito", diz leitor sobre aumento do fundo eleitoral

Comissão do Congresso aprovou na quarta-feira (4) medida que corta recursos de áreas como saúde, educação e habitação para alocar mais verba para campanhas políticas em 2020

Publicado em 05/12/2019 às 16h30
Fachada do Congresso Nacional, em Brasília, que abriga a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Crédito: Marcos Oliveira
Fachada do Congresso Nacional, em Brasília, que abriga a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Crédito: Marcos Oliveira

A comissão do Congresso Nacional responsável pelo Orçamento aprovou nesta quarta-feira (4) um relatório preliminar que aumenta para R$ 3,8 bilhões o fundo eleitoral em 2020. Para inflar os recursos das campanhas municipais, a previsão é haja cortes em vários ministérios, com grande impacto social. 

Os maiores cortes foram em saúde (R$ 500 milhões), infraestrutura e desenvolvimento regional (R$ 380 milhões), que inclui obras de habitação e saneamento. A redução em educação chegou a R$ 280 milhões. O Fundo Nacional de Saúde receberá menos dinheiro, por exemplo, para o Farmácia Popular (redução de R$ 70 milhões). O programa Minha Casa, Minha Vida, que já passa por um processo de enxugamento, também perdeu R$ 70 milhões.

A medida teve o apoio de 13 partidos: PP, MDB, PTB, PT, PSL, PL, PSD, PSB, Republicanos, PSDB, PDT, DEM e Solidariedade. Eles representam 430 dos 513 deputados e 62 dos 81 senadores. Podemos, Cidadania, PSOL e Novo foram contra o aumento.

O aumento dos recursos do fundo eleitoral à custa de cortes nos ministérios foi bastante criticado pelos leitores de A Gazeta, nas redes sociais. Confira alguns comentários:

Olha aí onde acontece a verdadeira balbúrdia nesse país. Não é nas universidades! (Daniel Dorrah)

Uma falta de respeito. Eles não sentem a nossa dor. Os políticos e familiares deles têm a saúde e a educação que nós todos pagamos. (Cris Pereira)

Tem que ser ao contrário: tirar dos salários exorbitantes dos políticos e colocar na saúde e na educação. (Drielen Hemerly)

Tira dos salários deles e da verba de gabinete! (Eduarda Anderson Bautz)

O problema é que o povo, em vez de protestar ou fazer algo, fica na rede social reclamando do preço da carne. O Brasil tem que acordar, pois tem algo muito maior em questão. (Diogo Geicke)

Por 20 centavos na passagem o Brasil se levantou contra os políticos. Agora estão acabando com tudo escancaradamente e o povo está de braço cruzado. (Bento Schneider)

Acho que o povo está dormindo em berço esplêndido. (Mércia Oliveira Silva Pereira)

Eu acho que é só anotar o nome deles e na próximas eleições não votar neles, só isso. (Rodrigo Oliveira)

Acorda, Brasil! O povo parece que está dopado, aceita tudo que nos empurram goela abaixo sem ter nenhuma reação. Aí eles deitam e rolam. (Katia Benichio)

Esses políticos não se importam com saúde e segurança de ninguém. O povo os elege, mas depois eles só se preocupam com a família e o bem-estar deles. (Fátima Leandro)

No Brasil, tudo pode! Até as coisas mais inacreditáveis e absurdas! (Juh Espindula)

Eles com isso demonstram que não se importam nem um pouco com o país que os sustenta. Vidas salvas e desenvolvimento das pessoas não importa para eles. Está na hora de reagir, sem idolatrar esses seres. (Virginia Lopes)

Político deveria ser obrigado a bancar a própria campanha! (Alexandre Roza)

Esse que é o problema de Brasília ser quase uma ilha, lá longe. Ninguém quer ir protestar. Por isso eles agradecem que a capital não seja mais em grandes centros. (Renato Becevelli)

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