Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 19:54
Meu nome completo é Fabiano Eller dos Santos, mas sou conhecido como Fabiano Eller. Tenho 40 anos e por 23 deles fui jogador de futebol. Na infância, aos 12 anos, dei meus primeiros chutes atuando pelo Industrial, time de Linhares, minha cidade natal. Lá joguei quatro vezes a Copa A Gazetinha.>
Já com uns 16 anos e no time do Linhares fui promovido ao principal e me sagrei campeão capixaba de 1995, aos 17 anos. Ser campeão estadual pelo Linhares, único título que ganhei no Espírito Santo, tem um sabor especial.>
No segundo semestre fui convidado para fazer um teste no Vasco. Fiz dois treinos e o então treinador da base, Carlos Roberto Zanata, aprovou minha contratação. Como vinha me destacando, o técnico Antônio Lopes me promoveu ao time adulto em 1997. Subi sendo campeão brasileiro, mesmo tendo jogado como titular em apenas duas partidas.>
O que poucos sabem é que meu início no Vasco foi como lateral esquerdo. O Felipe, que na época jogava na lateral, foi suspenso e eu entrei na vaga dele. Depois de um tempo, me colocaram de volante. Fiquei na cabeça de área do fim de 1997 a 2002.>
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Em 2002 cheguei ao Palmeiras, mas o Vanderlei Luxemburgo, que havia sido o maior responsável pela minha contratação, assumiu o Cruzeiro. Veio o Levir Culpi e não tive chances de jogar.>
Fiquei sem clube por um tempo. Foi quando o Felipe, que é meu amigo e tinha ido para o Flamengo, falou para o Oswaldo de Oliveira me contratar. Nós jogamos na base e no profissional do Vasco, e ele sabia que eu tinha condições de ajudar o Fla.>
Em um jogo pela semifinal da Copa do Brasil de 2004, atuei como zagueiro e nunca mais deixei a função. No mesmo ano, com Abel Braga, fui campeão carioca, inclusive marcando um gol na decisão contra o Vasco.>
No fim de 2004 tomei a errada decisão de ir para o Al-Wakrah, do Catar, onde fui enganado pelo clube com falsas promessas. Eles não pagavam salários, não conseguia levar minha família, e eles não me liberavam para retornar ao Brasil. Tive que acionar a FIFA e o Consulado Brasileiro para conseguir me desvincular.>
Seis meses depois, acertei com o Fluminense para trabalhar novamente com Abel Braga, treinador que é um pai para mim. Sem dúvidas foi o melhor técnico com quem já trabalhei, além de ser meu amigo pessoal.>
Por conta do destaque que tive nas Laranjeiras, me transferi ao Trabzonspor, da Turquia. Lá não tive muito espaço e eles me emprestaram para o Internacional. Em Porto Alegre, durante 2006 e 2007, vivi os melhores anos da minha vida. No Colorado ganhei a Libertadores e o Mundial. O Inter nunca havia sido campeão da América, então, ter vencido esse título lá foi uma emoção gigante para o torcedor.>
Acertei minha ida para o Atlético de Madrid para jogar a temporada 2007/2008. Na Espanha, fiz 41 jogos e tive a oportunidade de fazer amizade e jogar ao lado de feras como Fernando Torres, Agüero, Diego Forlán e Thiago Motta.>
No fim de 2008, recebi a missão de livrar o Santos de um rebaixamento no Brasileiro. O time não vinha bem, passava por crise, mas conseguimos manter o Peixe na elite.>
Retornei ao Inter em 2009 e fui bicampeão da Libertadores. Deixei o Inter em 2010 para acertar com o Al-Ahli, do Catar. Antes de me aposentar, joguei ainda por São José, Brasil de Pelotas, Audax-RJ, Red Bull, Náutico e Joinville. Pendurei as chuteiras em dezembro de 2017, em um jogo festivo com meus amigos, que fiz em Linhares, cidade onde moro com minha família. Minha meta agora é ajudar meu Estado através da política. Pretendo vir candidado a deputado.>
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