Muito se tem falado nas redes sociais sobre a possibilidade de o Brasil receber a Copa do Mundo deste ano, marcada para acontecer na Rússia, em caso de uma possível guerra entre russos e norte-americanos - por conta dos recentes bombardeios realizados por Estados Unidos, França e Inglaterra à Síria. Contudo, segundo análise da reportagem, não existe nenhuma cláusula específica no regulamento da Fifa que coloque o Brasil como sendo sede automática caso a Rússia não tenha segurança suficiente para receber o campeonato mais importante do futebol mundial.
O regulamento da entidade resume-se em dizer que, "em casos de circunstância extraordinárias ou forças maiores, caberá ao Comitê Organizador da Copa decidir sobre o destino da realização do evento". Além disso, até por questão de logística e organização, ficaria inviável uma mudança de sede restando menos de dois meses para o começo da Copa do Mundo, já que a venda de ingressos estão à todo vapor e eventos-testes são obrigatórios antes do torneio ter início. Por outro lado, caso uma possível guerra realmente se desenrole, o provável deve ser o adiamento desta edição, como ocorreu em duas ocasiões no passado.
Durante a 2ª Guerra Mundial, entre 1939 e 1945, a Fifa optou por não organizar as competições de 1942 e 1946. A Copa do Mundo retornou somente em 1950, no Brasil, quando o Uruguai derrotou por 2 a 1 a seleção canarinho em pleno Maracanã, no Rio de Janeiro.
Mudança de sede também já aconteceu em 1986. Marcada para ser disputada na Colômbia, o então presidente do país, Belisario Betancur, informou que a Colômbia estava com problemas financeiros e abriu mão de sediar a Copa ao não cumprir as exigências da Fifa. O México recebeu o torneio, que teve a Argentina como campeã.
A COPA DA RÚSSIA PODE REALMENTE NÃO ACONTECER?
Até o momento, a Fifa não demonstrou - pelo menos publicamente - nenhuma movimentação oficial em querer tirar a Copa da Rússia.
Mesmo em uma hipótese ainda muito distante, caso a Fifa resolva retirar a edição da Rússia e levar o evento para outro país, ainda assim seria improvável o Brasil receber o torneio. Isso porque a entidade trabalha fazendo rodízio de continentes e, como África (2010) e América (2014) foram as últimas sedes, Europa e Ásia seriam os próximos escolhidos.
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