Publicado em 2 de outubro de 2020 às 11:32
A pandemia afetou a área da educação em todo o mundo e, particularmente no Brasil, os efeitos da crise ainda não puderam ser dimensionados. Mas, se o prejuízo ao setor é certo pelo longo período de escolas fechadas, não dá para negar que a Covid-19 também promove aprendizados. E o que está sendo discutido sobre o tema em aulas, mesmo que virtuais, pode render prêmios. >
A doença, que impôs uma série de restrições sociais e econômicas, mudou condutas de crianças a grandes lideranças políticas. Dessa forma, a pandemia não poderia ficar de fora do debate no ambiente que produz conhecimento. Pensando nisso, foi criada uma categoria especial para projetos sobre a Covid-19 na edição deste ano do Prêmio Shell de Educação Científica.>
Doutora em Educação, a professora Maristela Sarmento observa que 2020 é um ano atípico e os educadores precisaram mudar bastante a sua prática, seu jeito de ensinar, com todas as dificuldades inerentes ao momento, de acesso à tecnologia deles e de suas turmas, além do envolvimento dos alunos.>
Mas no começo do ano, quando desenvolvemos o prêmio, entendemos que a Covid-19 perpassaria de forma transversal as disciplinas, como fruto do momento que estamos vivendo. Se a educação é feita a partir da realidade, esse tema está presente, principalmente na área científica, atesta a professora Maristela, que é também uma parceira executora do Prêmio Shell. >
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A premiação é voltada para professores de Ciências, Matemática, Biologia, Química e Física da rede pública do Espírito Santo e do Rio de Janeiro e, segundo Maristela, há muitas possibilidades de projetos relacionados à doença para serem desenvolvidos pelos profissionais em aula. >
A educadora cita a vacina como exemplo de tema que pode ser tratado pelas disciplinas, do conceito da imunização à discussão geopolítica no entorno da produção. Outra abordagem que pode ser feita é com a média móvel de casos e mortes provocados pela doença. >
Maristela Sarmento
Professora e parceira executora do Prêmio ShellOs interessados em participar da seleção precisam inscrever uma experiência educativa desenvolvida com os alunos, com duração de pelo menos quatro encontros, presenciais ou on-line. As inscrições podem ser realizadas até o dia 25 de outubro. >
Os projetos vão passar por avaliadores das áreas e, após a triagem, são eleitos os melhores de cada categoria que, além da Covid-19, inclui ensino fundamental II e ensino médio. >
Para os ganhadores, o Prêmio Shell oferece uma viagem educativa a Londres, na Inglaterra, e também uma premiação em dinheiro de até R$ 8 mil, a depender da classificação. As escolas públicas onde atuam os vencedores também são premiadas com equipamentos. >
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