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“Verde não significa ausência de risco no Espírito Santo”

“Verde não significa ausência de risco no Espírito Santo”

Luiz Carlos Reblin, subsecretário de Vigilância em Saúde, comemora menor vulnerabilidade, mas faz alerta: “Cuidados devem continuar a ser tomados”

Publicado em 22 de outubro de 2020 às 17:39

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Mapa de Risco é elaborado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa)
Mapa de Risco é elaborado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). (Governo do Estado/Divulgação)

O Espírito Santo tem se destacado no controle da pandemia de covid-19, com diversas políticas públicas de enfrentamento eficazes, como a grande oferta de leitos à população, testes disponíveis em todos os municípios e a divulgação semanal da Matriz de Risco de forma individual, sem influência das cidades vizinhas, o que permite ações direcionadas.

O mapeamento de risco leva em consideração o coeficiente de ativos dos últimos 28 dias, a taxa de ocupação dos leitos potenciais de UTI, a média móvel de óbitos dos últimos 14 dias e a quantidade de testes realizados por grupo de mil habitantes. Cada cor revela um grau de vulnerabilidade do município; sendo a cor verde o menor risco, e a vermelha, o maior.

Hoje, a maioria dos municípios se encontra na cor verde, com baixo risco, mas o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, faz um alerta para que a população não se descuide dos cuidados diários.

"As pessoas talvez confundam o verde do mapa com ausência de risco. Não existe ausência de risco em nenhum lugar. Estamos em situação de baixo risco por todas as medidas que foram adotadas. Mas, se não adotarmos os protocolos, como a higienização das mãos, o uso de máscaras e o distanciamento social, estaremos mais vulneráveis, e as cidades em maior risco de novo”, explica.

A Matriz de Risco foi uma estratégia adotada que, durante toda a pandemia, ajudou na organização do funcionamento de estabelecimentos e diversas atividades no Estado. Reblin destaca que o número de leitos de UTI ocupados foi um importante marcador para que o risco das cidades fosse considerado verde.

“Hoje, o principal marcador de vulnerabilidade é a ocupação de leitos de UTI. Se a ocupação aumenta, isto tem um grande peso sobre o cálculo do fator de risco. No Espírito Santo, com a grande oferta de leitos de UTI, chegando a 715, a situação sempre esteve em maior controle, sem o colapso registrado em outros estados”, explica Reblin, que completa:

“A estratégia de ampliar o número de leitos, em vez de criar hospitais de campanha, como em outros estados, foi acertada. Hoje já redirecionamos 300 leitos de UTI para atender a outros tipos de doença, o que seria impossível com hospitais de campanha”.

Luiz Carlos Reblin destaca que ações do Governo do Estado foram importantes para controle da pandemia
Luiz Carlos Reblin destaca que ações do Governo do Estado foram importantes para controle da pandemia. (Governo do Estado/Divulgação)

O Mapa de Risco segue as orientações dos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde e recomendações da equipe de especialistas do Centro de Comando e Controle (CCC) Covid-19 no Espírito Santo, que é composto pelo Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Secretaria da Saúde (Sesa), Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).

As decisões adotadas pelo Governo do Estado seguem parâmetros técnicos e o mapa de gestão de risco está disponível em: https://coronavirus.es.gov.br/boletins-epidemiologicos

Espírito Santo é destaque em transparência

A eficiência na divulgação de dados sobre a covid-19 e os gastos públicos para seu enfrentamento renderam ao Espírito Santo a nota máxima em rankings de transparência. O Estado foi destaque na avaliação promovida pela Organização Não-Governamental Open Knowledge Brasil (OKBR).

O Espírito Santo também obteve o máximo de pontos na avaliação da ONG Transparência Internacional Brasil. O estudo mede a transparência nos contratos emergenciais.

“Este é o resultado de um trabalho que tem sido feito de forma exaustiva pelo Governo do Estado, tanto na divulgação dos gastos públicos como nas informações acerca da covid-19 para a população”, comemora Reblin.

A implementação do e-SUS Vigilância em Saúde (VS), um sistema capixaba desenvolvido em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e que permite o acesso em tempo real às informações em saúde, teve papel fundamental durante toda a pandemia.

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“Saímos de um sistema nacional defasado, que já tinha 30 anos, e adotamos um sistema próprio do Espírito Santo, que registra em tempo real os atendimentos em qualquer ambiente da saúde em que tenha uma doença de notificação obrigatória. Não temos notícias de um sistema como o nosso em todo o país”, completa Reblin.

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