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Turismo rural encontra terreno propício para crescer em Jaguaré

Turismo rural encontra terreno propício para crescer em Jaguaré

Município do Norte do Estado investe em infraestrutura, parcerias e empreendedorismo para valorizar sua vocação agrícola e cultural

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Publicado em 26 de setembro de 2025 às 19:30

Em Jaguaré, plantio do café conilon despontou potencial turístico
Em Jaguaré, plantio do café conilon despontou potencial turístico Crédito: Divulgação

Conhecida pela produção agrícola, especialmente do café conilon, a cidade de Jaguaré, no Norte do Espírito Santo, descobriu uma nova vocação: transformar sua forte identidade rural em atrativo turístico.

A combinação de empreendedores locais, apoio institucional e trabalho articulado do Sebrae/ES tem colocado o município no mapa do turismo capixaba, mostrando que é possível criar roteiros que vão muito além da praia e das montanhas.

A secretária de Turismo do município, Vera Backer, explica que o processo começou com um diagnóstico do potencial local. “Podemos não ter praia ou montanha, mas temos uma agricultura muito forte. Nos atentamos a esse potencial agrícola invejável para atrair olhares dos visitantes”, conta.

Segundo a secretária, os investimentos em infraestrutura, segurança e eventos culturais ajudaram a resgatar a credibilidade do município e a despertar nos moradores a confiança no turismo como alternativa de desenvolvimento.

“Hoje, temos a alegria de dizer que Jaguaré passou de dois para 73 produtos agroartesanais registrados em três anos. Nossa meta é chegar a 100 até o final do ano, fortalecendo a economia e a identidade local”, ressalta.

Para que esse movimento ganhasse corpo, a parceria com o Sebrae/ES foi considerada decisiva. A agente local de inovação (ALI) rural, Morgana Chaves, destaca o papel do programa na estruturação do turismo no município.

“Por meio do projeto ALI Rural, realizamos visitas e orientações personalizadas aos produtores, identificando oportunidades e estimulando inovações. O agroturismo surgiu como uma dessas oportunidades, valorizando cultura, recursos naturais e produção agrícola”, afirma.

Além disso, Morgana destaca que o impacto já é visível, com empreendimentos diversificando as fontes de renda e se preparando para receber turistas. “Estão criando até espaços ‘instagramáveis’, oferecendo hospedagem e rotas em áreas de floresta. E o mais animador é ver o interesse crescente das pessoas em conhecer Jaguaré e seus produtos”, comemora.

Café conilon reúne tradição e inovação

Tradição do café na família de Keutine Calvi remonta a 1879
Tradição do café na família de Ketine Calvi remonta a 1879 Crédito: Divulgação

Entre os empreendedores que simbolizam essa transformação está Ketine Calvi, proprietária da Café Calvi, empresa familiar que cultiva café no município desde 1879.

“Nosso produto é feito com grãos 100% conilon, com pontos de torra específicos para extrair o melhor do sabor. Cuidamos do café do campo à xícara, com produção sustentável e respeito ao meio ambiente”, explica a empreendedora.

O plano é abrir a propriedade ao turismo até 2026, oferecendo rota pela lavoura, experiência de fábrica e trilha ecológica. Nesse processo, Ketine destaca a importância do Sebrae/ES para a consolidação dessas ideias.

“O Sebrae/ES foi um divisor de águas para nós, com treinamentos e consultorias que mudaram nossa forma de trabalhar. Queremos que o turista conheça o conilon de qualidade e se surpreenda com seus aromas e sabores”.

Flores dão charme a cidade

Deizieli
Deizieli Moreto planta variados tipos de plantas decorativas em Jaguaré e já participou de feiras Crédito: Divulgação

Em Jaguaré, Deizieli Moreto encontrou nas flores um caminho para a felicidade - e também para o empreendedorismo. A florista conta que, ao voltar a morar na zona rural da cidade, decidiu começar a investir na carreira plantando várias Bouganville de cores diferentes.

"Conforme comecei a postar fotos do meu cantinho, as pessoas se interessaram e começaram a perguntar se eu vendia. Assim, comecei a fazer podas para criar mudas e as pessoas começaram a me procurar. Chegou um momento que eu já não dava conta, então busquei fornecedores para me ajudarem nesse processo e veio a ideia de vender também outros produtos", conta. 

Hoje, a floricultura Quintal da Deisi vende, além das Bouganvilles, rosas do deserto, orquídeas, cactos, folhagens, antúrios, temperos e vários outros tipos de flores e plantas decorativas, que fazem sucesso na cidade. Sobre isso, Deizieli acredita que o diferencial de seus produtos seja, além do amor e cuidado dedicado ao cultivo, a possibilidade de entrega a domícilio das mudas. 

"Fazemos entregas em Linhares, São Mateus, Nova Venécia e claro, Jaguaré, nosso município e em que todo sábado fazemos uma feira com as plantas, além de participar de outras feiras externas que recebem apoio do Sebrae/ES. Também ajudo com assistência no pós-venda, ajudando o cliente no que ele precisar em relação aos cuidados com as flores", explica.

Experiência de hospedagem rural

Recanto Lagoa Azul será aberto ao público em breve
Recanto Lagoa Azul será aberto ao público em breve Crédito: Divulgação

Outro exemplo vem da produtora rural Deuciane Laquini, que está finalizando o Recanto Lagoa Azul, empreendimento de hospedagem rural que contará com cabanas em madeira e alvenaria, cozinha própria e espaço coletivo de confraternização.

“A hospedagem rural proporciona experiências reais de contato com a natureza, algo cada vez mais buscado por quem deseja desacelerar da rotina e viver momentos de tranquilidade no campo”, ressalta Deuciane, que também é produtora rural.

Localizado a apenas 3 km do centro de Jaguaré, o espaço é rodeado por uma represa e lagoa, que será liberada para os visitantes.

“Convido a todos a conhecerem Jaguaré, a Rota do Café e o nosso Recanto Lagoa Azul, onde o contato com o café, o artesanato e a produção local certamente vai surpreender”, afirma.

Futuros eventos

O município se prepara agora para sediar a Feira Internacional do Café Conilon (FIC), em novembro, um evento de grande porte que promete atrair visitantes, investidores e especialistas internacionais.

Para a secretária Vera Backer, será o momento ideal para apresentar a rota turística de Jaguaré. “Queremos que o público descubra Jaguaré como destino de agroturismo, vivenciando o dia a dia do campo, degustando cafés especiais e conhecendo nossas tradições”, finaliza.

COMO CHEGAR?

A viagem para Jaguaré saindo da Grande Vitória dura cerca de três horas e meia e tem 230 quilômetros. O caminho mais comum é seguir pela BR-101 no sentido Norte, passando por Fundão, Aracruz, Linhares e, em seguida, continuar até o trevo de São Mateus. Nesse ponto, entre à esquerda e siga pela ES-430, que leva direto ao centro de Jaguaré. 

Sebrae/ES

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