Publicado em 19 de agosto de 2025 às 19:10
Com 2.891,32 metros de altitude, o Pico da Bandeira, no Parque Nacional do Caparaó, é o terceiro ponto mais alto do país e um convite para os apaixonados pela natureza. Mas você sabia que uma das entradas fica em terras capixabas, no distrito de Pedra Menina, em Dores do Rio Preto? >
O município faz parte da região capixaba do Caparaó, patrimônio nacional propício para a prática do ecoturismo, turismo de aventura e do agroturismo, junto de Alegre, Divino de São Lourenço, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Iúna, Irupi, Jerônimo Monteiro, Muniz Freire e São José do Calçado.>
Para explorar todo esse potencial, o Sebrae/ES tem trabalhado em territórios da região dentro de sua estratégia de desenvolvimento no turismo. Ações como o AceleraTur, por exemplo, que capacita empreendedores e estimula a criação de novas experiências turísticas, possibilitaram o desenvolvimento de oito experiências aos visitantes.>
Neste ano, o projeto está atendendo dez produtores, além de uma parceria com o aplicativo Vibes para divulgar o Caparaó como polo turístico, indicando onde comer, o que fazer, quais são os atrativos e os principais serviços disponíveis, como cafeterias e hotéis.>
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O Sebrae/ES também promoveu a visita de representantes da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), com capacitações internas de funcionários da instituição para aprimorar o atendimento e, ao mesmo tempo, validarem o Caparaó como destino turístico.>
“Essas visitas técnicas reforçaram a percepção de que a região está em grande desenvolvimento e que a Pedra Menina pode ser um atrativo central para ampliar as atividades turísticas locais”, conta a analista técnica do Sebrae/ES no Caparaó, Fabiele de Paula.>
Os profissionais do turismo que atuam no Caparaó são contemplados com o Abeta Conecta, um encontro regional de turismo de aventura e natureza que oferece capacitações com palestras, oficinas e experiências. Um dos encontros, que acontecerá em Iúna de 24 a 26 de setembro, já está com as manifestações de interesse abertas.>
Com tantas iniciativas pensadas no desenvolvimento turístico da região, os empreendedores estão encontrando espaço para voar - literalmente. Foi o caso do empresário Joarez Sofiste, que viu no Caparaó a oportunidade de sair do convencional e abrir uma pousada que conta até com suíte dentro de um avião.>
No início, a intenção de Joarez era aproveitar a propriedade em Divino de São Lourenço para dividir terrenos em chácaras de 100m², enquanto o avião serviria como uma hospedagem familiar. Foi a esposa que percebeu que daí poderia nascer um negócio.>
“Minha esposa entendeu que seria um investimento muito alto para algo que usaríamos pouco e deu a ideia de alugar o espaço. Diante disso, ampliamos o projeto, construímos mais bangalôs e suítes em containers para complementar a pousada e deixar o avião como uma opção mais requintada e diferente para os hóspedes”, afirma.>
Hoje, a Pousada Aero Sofiste conta com três containers, quando bangalôs e o veículo, totalizando oito opções de hospedagem. O avião, no modelo Gulfstream G-159, acomoda duas pessoas no espaço que conta com sala de estar, copa com pia, ar-condicionado quente e frio, um sofá, cama de casal, TV, armários e um banheiro com hidromassagem.>
O destaque fica por conta da cabine mantida intacta e pelo uniforme de piloto completo, o que coloca o turista como um verdadeiro profissional da aviação: “Saímos de uma proposta tradicional no Caparaó para algo mais contemporâneo, com o objetivo de contribuir para o turismo local e incentivar outras iniciativas”, explica Joarez.>
Para o futuro, outros projetos estão em desenvolvimento, como espaços para motorhome, pista de voo para parapente, carregador para carro elétrico e um heliporto. Recentemente, o Sebrae/ES também entrou como parceiro do empreendimento com divulgação e orientação por meio de consultorias, o que é motivo de empolgação para o empresário.>
“Em outubro haverá um simpósio de turismo no Caparaó, e o Sebrae/ES conversou conosco sobre a realização do evento no Aero Sofiste, o que é muito importante para o município de Divino de São Lourenço e para quem está começando na área, pois amplia a visibilidade do local. O Caparaó é uma terra de oportunidades, pronta para o crescimento”, destaca.>
Já a Pousada Águas do Caparaó proporciona experiências em meio ao verde. Localizada no entorno do Parque Nacional do Caparaó, bem na divisa de Dores do Rio Preto com Divino de São Lourenço, o local conta com 17 hectares de terra em que 80% são de Mata Atlântica. >
A proprietária, Dalva Ringuier, conta que a iniciativa nasceu a partir do projeto “Cama e Café”, criado para oferecer hospedagem solidária em casas e fazendas da região em uma época em que não havia pousadas locais. No início, Dalva alugava apenas um quarto de casa, mas, com o tempo, construiu mais suítes que hoje recebem desde famílias e aventureiros até grupos de yoga, terapeutas, universitários e pesquisadores.>
Inclusive, a trajetória de Dalva no Caparaó e a paixão pelo local são antigas. Em 1995, quando era diretora de Educação Ambiental do Estado, ela ministrou um curso na região. Da experiência, nasceu um plano para fomentar o turismo, incluindo a abertura da portaria de Pedra Menina e melhorias na infraestrutura. Em 1997, Dalva adquiriu um terreno que hoje também compõe a Pousada e iniciou um intenso trabalho de reflorestamento.>
Hoje, no local, funcionam um centro de educação ambiental e um centro de reintrodução de animais silvestres, com espécies vindas do Ibama para readaptação e soltura. Trilhas sinalizadas com QR codes informam sobre mais de 150 espécies de árvores e seus usos medicinais ou alimentares.>
“Costumamos também convidar os visitantes a um banho nas cachoeiras que temos no terreno; é uma experiência de banho de floresta e de imersão na natureza. O Caparaó é um destino único, mas ainda pouco conhecido pelos capixabas. Quem vem, volta com experiências inesquecíveis”, complementa Dalva.>
Parceira do Sebrae/ES, ela participa de capacitações e eventos que fortalecem o turismo regional e dão visibilidade aos pequenos negócios, ajudando a transformar a região em um destino de referência no ecoturismo.>
“Tenho participado de capacitações; o impacto tem sido sempre positivo, com trocas de experiência muito gratificantes”, finaliza.>
Para chegar ao Parque Nacional do Caparaó, saindo de Vitória de carro, siga pela BR-101 em direção ao sul até Cachoeiro de Itapemirim, em um percurso de aproximadamente 131 km. De lá, continue por mais 75 km até Guaçuí e, em seguida, percorra cerca de 37 km até o município de Dores do Rio Preto. >
Depois, siga por mais 27 km até o distrito de Pedra Menina e, por fim, percorra aproximadamente 9 km em estrada pavimentada até a Portaria Pedra Menina, no Parque Nacional do Caparaó.>
Site: es.sebrae.com.br
Instagram: https://www.instagram.com/sebrae.es/>
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