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Por Bruno Faustino

Publicado em 17 de outubro de 2019 às 17:09

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(Edson Chagas)

Caro Rio Doce, não gosto de despedidas. Nunca gostei e não será agora que isso vai acontecer. Ao longo deste mês tive a oportunidade de conhecer algumas ações de reparação/compensação dos danos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015. Trabalho realizado pela Fundação Renova. Foram mais de 1000km rodados, 5 municípios visitados e muitas histórias contadas. Deixei para o final uma história de empreendedorismo e superação. Uma boa ideia, não é mesmo?

Confira o último episódio da websérie:

A Vila de Regência, em Linhares, litoral norte capixaba, onde está localizada a foz do Rio Doce, sempre foi conhecida por ter belas ondas. É o paraíso dos surfistas. Sempre um mar perfeito, quebrando ondas alucinantes, internacionais. A economia da vila sempre girou em torno do turismo. Por lá, muita gente investiu em pousadas e albergues para atender a demanda do surfe.

Tudo mudou em 2015 com a chegada dos rejeitos, que trouxeram um grande impacto. Sem poder usar a praia, os surfistas sumiram. Muitas pousadas fecharam, mas alguns empreendedores continuaram por lá e conseguiram dar a volta por cima. Graças a uma parceria entre o Sebrae e a Fundação Renova, eles receberam curso de qualificação e remodelaram seus empreendimentos. O que era apenas uma 'estada' para surfistas se transformou num ambiente aconchegante para atrair famílias inteiras interessadas na história do Rio Doce e sua recuperação.

(Edson Chagas)

O surfe que havia sido deixado de lado voltou a atrair gente. Não mais na foz do Doce, mas na reserva biológica de Comboios, área, até então, não permitida para a prática do esporte. Com a liberação, restaurantes e pousadas voltaram a ficar movimentadas no vilarejo, para alegria dos empreendedores. Esta é a prova de que a persistência vale a pena e pode trazer bons frutos, mesmo diante de 'tempestades'.

(Edson Chagas)

Estou muito feliz com o resultado deste trabalho. Isso não significa o fim. E sim, um até breve. Muita coisa boa ainda está por vir e eu estarei sempre aqui disposto a escrever novas páginas nos "Diários do Rio Doce".

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Assinado: Bruno Faustino

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