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Rede hospitalar do ES cria novos fluxos para pacientes durante pandemia

Rede hospitalar do ES cria novos fluxos para pacientes durante pandemia

Com a Covid-19, hospitais da Rede Meridional passaram a adotar protocolos ainda mais rigorosos para garantir a segurança e impedir o contágio entre pacientes

Publicado em 24 de setembro de 2020 às 11:25

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Meridional cria fluxos independentes entre pacientes com suspeita de Covid e outros atendimentos
Meridional cria fluxos independentes entre pacientes com suspeita de Covid e outros atendimentos. (Divulgação/Rede Meridional)

O medo de infecção pelo novo coronavírus tem afastado das unidades hospitalares os pacientes diagnosticados com doença crônica antes da pandemia, e também aqueles que apresentam sintomas provocados por alguma comorbidade ainda desconhecida. Para minimizar os riscos dessa conduta, a Rede Meridional adotou protocolos ainda mais rigorosos de segurança para garantir a assistência adequada.

Um levantamento feito pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Oncológica e de Patologia apontou que, entre março e maio deste ano, 70% das cirurgias oncológicas foram adiadas. Nesse período, até 90 mil pacientes podem ter deixado de receber o diagnóstico de câncer. Tudo isso por medo de ir a um hospital e contrair a Covid-19.

Para oferecer um tratamento seguro aos pacientes com suspeita da doença, e também àqueles que buscam outros atendimentos médicos, o Meridional criou um fluxo de serviços diferenciado. O diretor-clínico da Rede do Meridional Cariacica, o médico Marcus Vinicius Albernaz Leitão, aponta que o hospital tem Acreditação Nacional e Internacional e que, por isso, adotou diretrizes de biossegurança ainda mais eficazes.

Ele revela que, no período de pandemia, 75% dos pacientes com protocolo de Acidente Vascular Cerebral (AVC) chegaram ao Meridional 24 horas após o início dos sintomas. O médico observa que o ideal é realizar o atendimento em até três horas depois do surgimento dos sinais no organismo. Quando não há interferência profissional imediata, aumentam as chances de o paciente ficar com sequelas.

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Uma parcela grande da população brasileira, e a capixaba se inclui, tem algum tipo de doença crônica e essas doenças precisam ser manejadas por médicos dentro do consultório ou do hospital. Por conta da pandemia, houve uma ‘fuga’ desses pacientes. Então, os hospitais de forma geral tiveram que se reinventar para oferecer ainda mais segurança

Marcus Vinicius Albernaz Leitão
Diretor-clínico da Rede do Meridional Cariacica
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COMITÊ PERMANENTE

Desde a chegada da pandemia no Espírito Santo, a Rede instituiu um comitê para enfrentamento da doença com o objetivo de definir medidas de segurança. De acordo com a médica infectologista e diretora-clínica do Meridional Serra, Lia Canedo, um grupo com representantes de todas as unidades  discute, semanalmente, questões importantes relacionadas à Covid-19.

Uma das medidas adotadas no fluxo assistencial foi a exclusividade de unidades, como a de terapia intensiva, para pacientes com sintomas ou confirmados de Covid-19.

Também foi designado um setor exclusivo para os pacientes com coronavírus, e a Rede manteve separados os profissionais em cada setor, ou seja, médicos, enfermeiros e técnicos que atendiam infectados pela doença não atuavam em setores com pacientes de outros diagnósticos.

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“No Meridional, 100% dos colaboradores e das pessoas que transitam dentro da instituição usam máscara, fazemos controle de temperatura, avaliamos sinais de síndrome gripal e, se for o caso, afastamos o profissional da função. Com o retorno das cirurgias eletivas, montamos protocolos diferenciados em que esses pacientes fazem a internação por via eletrônica previamente a sua chegada ao hospital, com recepção diferente para acomodá-los, e teste rápido para identificar se a pessoa está ou não infectada”, finaliza Lia.

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