Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 18:04
Pessoas de mais de 100 países dos cinco continentes estiveram conectadas em um momento de comunhão e fé. Foi durante a terceira edição da Ceia Mundial, realizada pela Igreja Cristã Maranata (ICM), no último domingo (23), no Maanaim de Domingos Martins, com transmissão ao vivo e traduzida em 60 idiomas. O culto de repercussão global representa um momento singular de união dos membros da Maranata em todo o mundo, além de homens e mulheres de outras denominações evangélicas, que acompanharam a solenidade. >
“O evento reúne várias denominações. O que nós estamos fazendo é uma chamada à união, por meio da interação que a comunicação nos permite. Nós queremos acertar todos no mesmo alvo, porque a igreja é o corpo de Cristo, tem que ser aperfeiçoada no corpo de Cristo. Para nós o que interessa é se os irmãos estão no desejo de servir ao Senhor, e se a aspiração dele é a mesma que a nossa, que é a vida eterna. Quando nos mostramos abertos, e que queremos nos unir com o restante do mundo, nos conectamos. A ceia, em si, é uma união, uma proclamação e ao mesmo tempo o aviso: estamos juntos. É um aperfeiçoamento do corpo nessa última hora”, afirmou o presidente da ICM, Gedelti Gueiros.>
A Ceia Mundial teve início às 11 horas, no horário de Brasília, sendo transmitida ao vivo para o restante do mundo via satélite e por meio da internet, com tradução em 60 idiomas feita por inteligência artificial.>
O secretário-geral da ICM, pastor Luiz Eugênio, afirmou que o evento é um momento profético e marcante. “Uma ceia como esta, que reúne vários países, levando a palavra de Jesus, é um momento que fazemos questão de repetir e saber que é esta unidade que a Igreja precisa. Nós chamamos à mesa com o Senhor Jesus. Então, este é um momento muito importante para nós, principalmente por causa desta unidade em torno do Senhor Jesus. Neste evento tem muitas igrejas que nem são Maranata, que são de outros países. Então, é muita alegria”, destacou.>
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Na abertura do evento, o pastor Josias Júnior, também ressaltou a importância daquele momento. “É maravilhosa a experiência de formarmos um mesmo corpo, alcançando todas as línguas, povos e nações. Somos chamados à experiência de adoração a Deus, ouvindo e obedecendo ao Espírito Santo. Muitos chegavam para a ceia com dificuldade, alguns cansados, outros sem condições de viver essa experiência. Agora, todos são convidados para esta que pode ser a última ceia antes do arrebatamento, pois não sabemos quando Jesus vai voltar. A próxima ceia pode ser na eternidade”, disse Josias, durante a transmissão.>
Josias ainda explicou que, do ponto de vista da liturgia do culto, a ceia é um momento de grande reflexão. “O próprio ensinamento bíblico nos leva a esse entendimento, à medida que a Bíblia diz ‘Examine-se, pois, o homem a si mesmo e, assim, coma do pão e beba do cálice’. É um momento da nossa reflexão com Deus e, sobretudo, de participação naquilo que nós percebemos como parte do corpo de Cristo. Isso vai muito além do que apenas ter o nome na lista de membros da igreja ou se eu faço parte da igreja A ou B. Não há registros de outra igreja evangélica que tenha feito isso, de participar de uma ceia, de tamanha intimidade e reflexão, e que ao mesmo tempo participam irmãos em diversos países e denominações”, complementou o pastor Josias.>
A distribuição de pão e cálice ao público presente no Maanaim foi feita por pastores e diáconos, ação repetida também nas diversas igrejas que transmitiam o evento. >
O pastor Amadeu Lopes explica um pouco da tradição litúrgica. “A nossa liturgia é bíblica, a Bíblia fala sobre a ceia. Jesus comemora a ceia, que na verdade é a Páscoa dos judeus, e o que Ele faz é quase que uma ponte para uma nova fase. Então a ceia tem uma representatividade muito grande, ela é uma comemoração em que o próprio Jesus ensinou dizendo o seguinte: ‘Fazei isto em memória de mim até que eu venha’. Então, toda vez que comemoramos a ceia, estamos comemorando e também repetindo aquilo que Ele falou”, explicou, destacando ainda a amplitude do evento.>
“Quando a igreja local faz uma ceia, ela tem uma comemoração ali, para os acontecimentos daquele rebanho. Nós estamos fazendo uma ceia agora global. Por que chegamos a isso? Na década de 1970, início da igreja, o pastor Jonas, já falecido, teve uma visão de uma torre e uma luz. Cada giro que o farol dava, a luz ia mais longe. E à medida que girava, atingia novas fronteiras, outros países. No final da década de 1980, começamos a ir para o exterior, com as igrejas. Já tínhamos um início em Portugal, tínhamos começado nos Estados Unidos e estávamos expandindo para a Europa. Mas não tínhamos recursos financeiros”, contou.>
Ele acrescentou que, em outra reunião, houve mais uma visão, desta vez de um púlpito de ouro. “Naquela oportunidade, o Senhor nos disse que o nosso recurso era a Palavra, dentro de um outro enfoque, como falamos até hoje. Hoje, estamos em 170 países e quando nós vemos igrejas conosco, lá no leste europeu, e países que nós nunca pensamos em atingir, temos que comemorar o que Deus fez conosco. Chegamos para glorificar em nível global esse alcance da obra de Deus”, completou o pastor Amadeu.>
Além dos que acompanharam pelas diversas plataformas de transmissão, cerca de três mil membros participaram da Ceia Mundial no próprio Maanaim, como Isabella Waiandt Deps, de 21 anos, que foi ao local com a família. “Eu sou da Maranata desde que nasci e sempre venho para a ceia, é um momento de partilhar a bênção, gosto muito”, disse a jovem, que é de Domingos Martins e acompanhou o culto com o namorado, Matheus Dubberstein, a mãe, Cleide Waiandt Deps, e o pai, pastor Eduardo Deps. >
A apresentadora de TV Claudy Schmittel, de Vitória, também participou no Maanaim. “É um momento de conexão com Deus, de lembrar o sacrifício do Senhor. Por meio de Jesus, temos uma mensagem de esperança e este é um momento de muita intimidade com Deus, de confessarmos que Jesus morreu por nós e aceitá-lo como redentor”, destacou.>
Samir Abbasov, pastor da ICM nos Estados Unidos, pontuou que estamos vivendo uma experiência inédita na preparação da Igreja para o arrebatamento. “É uma responsabilidade colocada pelo Espírito Santo, pois para ela estar preparada para o arrebatamento, precisa estar unificada no mesmo Espírito. Esta ceia ajuda no entendimento de que o Senhor Jesus só tem um corpo. E nós, dos Estados Unidos e do Leste Europeu, estamos aqui para traduzir para a língua russa toda a ceia”, explicou.>
Interlocutor da igreja no Rio de Janeiro, Luiz Pita também veio ao Maanaim para a Ceia Mundial. “A ceia representa uma nova união que Jesus fez com o homem. Ele veio, como profetizado por Jeremias. O importante é isso o que a ceia representa, a todos que aceitarem a Jesus. E com o advento da tecnologia, temos a possibilidade de ter todo o mundo participando, glorificando a Deus.”>
Já Kleber de Oliveira Freitas veio de Minas Gerais para a celebração. “Jesus vem, e se Ele vem e não sabemos quando, nós precisamos estar preparados hoje. Esse é um evento mundial que tem um significado muito maior. É a Ceia do Senhor, sendo o corpo de Cristo nosso objetivo maior. Que todos possam participar, no Espírito e na Palavra proclamando a vinda de Jesus”, afirmou.>
Durante todo o culto, o grupo de louvor composto por mais de 450 pessoas, com vozes e instrumentos, entoou lindos cânticos. O secretário do grupo de louvor, Rodrigo Oss, ressaltou o esforço e a fé dos componentes do coral. “A nossa confiança está no Senhor. Todo o grupo também esteve empenhado em orar e buscar o Senhor para que hoje recebêssemos aqui uma bênção. E nós vimos que isso aconteceu, no meio dos louvores, Deus se fez presente e foi uma bênção para todos nós”, destacou ele. >
O grupo é composto por membros que atuam voluntariamente em suas igrejas do Espírito Santo e em outros Estados, como Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Os músicos cantaram louvores universais para que pessoas de todo o mundo pudessem acompanhar em seus idiomas.>
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