Marli Felix dos Santos, 44, empreendedora, faz tapioca na Praia da Costa Azul, em Iriri 
Marli Felix dos Santos, 44, empreendedora, faz tapioca na Praia da Costa Azul, em Iriri . Crédito: Fernando Madeira

Tapioca conquista moradores e turistas de Iriri, no Sul do ES

A baiana Marli Félix dos Santos chega a vender cerca de 450 quitutes por dia durante a alta temporada

Publicado em 19/01/2020 às 16h45

As águas claras e calmas da praia de Iriri, no município de Anchieta, já são um convite irrecusável para conhecer o Litoral Sul capixaba. Mas, há 10 anos, moradores e turistas contam com um motivo a mais para visitar o balneário: a “Tapioca da Marli”, que se tornou referência e conquista os paladares de todos que passam pela região.

Marli Félix dos Santos nem sempre foi empreendedora. A baiana chegou no Estado em 2006 e escolheu Anchieta para morar com o esposo e os filhos, trabalhando como doméstica para contribuir com a renda familiar.

Foi só em 2009 que as coisas começaram a mudar. Naquele ano, a dona da casa onde ela trabalhava fez uma festa de aniversário e, no cardápio, tinha a tapioca da Marli. 

Marli Félix dos Santos

Vendedora de tapioca 

"Os convidados provaram, aprovaram e disseram que eu tinha uma mina de ouro nas mãos e não sabia. Foi neste momento que decidi investir no meu próprio negócio"

No mesmo ano, Marli foi atrás do seu sonho. Comprou um carrinho simples e duas frigideiras para vender suas tapiocas por R$ 3. Mas justamente no réveillon, dia em que a cidade fica ainda mais movimentada com a chegada dos turistas, ela vendeu apenas cinco tapiocas.

Desistir? Essa palavra não existe no vocabulário da empreendedora. “No outro dia, voltei com meu carrinho e vendi tapioca. As pessoas me diziam que não daria certo, porque ninguém conhecia aquilo. Mas eu acreditei e, dia após dia, fui vendendo cada vez mais.”

Um dos pontos cruciais para que sua tapioca se tornasse mais conhecida foi participar do Festival Capixaba de Frutos do Mar, em 2011. Ela já havia estado no evento anteriormente, mas como auxiliar de serviços gerais.

“Fiquei muito feliz quando fui convidada para participar com um estande. Quando trabalhava na limpeza, só podia comer no final do evento. A primeira coisa que fiz, então, foi oferecer tapioca para todos os auxiliares assim que sentissem fome.”

Depois do evento, a empreendedora passou a vender cerca de 70 tapiocas por noite, era procurada pelos clientes e precisou se dedicar exclusivamente ao negócio. Em 2012, as duas frigideiras já não dava mais conta da demanda. Era o momento de investir mais uma vez. No ano seguinte, passou a vender as suas tapiocas em uma barraca fixa, além de comprar uma chapa para otimizar a produção.

Marli Felix conta com a ajuda da família para fazer e vender as tapiocas . Crédito: Fernando Madeira
Marli Felix conta com a ajuda da família para fazer e vender as tapiocas . Crédito: Fernando Madeira

Atualmente, a “Tapioca da Marli” é quase um certificado de que o visitante realmente conheceu Iriri. Com o apoio do esposo, dos filhos e da cunhada e trabalhando das 18h30 à 1h, são vendidas, em média, 450 tapiocas todos os dias durante o verão, no valor entre R$ 13 e R$ 15. Os consumidores têm 27 opções de sabores, entre salgados, doces e lights, além de poderem montar com os ingredientes que escolherem.

O segredo do sucesso? Marli não sabe dizer exatamente, mas de uma coisa tem certeza: “É preciso acreditar, agradecer e ser apaixonado pelo que faz”.

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