Data: 01/2020 - ES - Guarapari- Carlos Bótimo, vendedor de queijinho que trabalha na praia de Bacutia, Guarapari- Editoria: Economia - Ricardo Medeiros - GZ
Data: 01/2020 - ES - Guarapari- Carlos Bótimo, vendedor de queijinho que trabalha na praia de Bacutia, Guarapari- Editoria: Economia - Ricardo Medeiros - GZ. Crédito: Ricardo Medeiros

Queijo "bótimo" faz sucesso nas praias de Guarapari

Vendedor ficou conhecido por seu bordão inconfundível e aposta, além da qualidade no preparo do produto, em muita simpatia

Publicado em 12/01/2020 às 21h14

“Meu queijo não é bom. Meu queijo não é ótimo. Meu queijo é bótimo.” Esse é o bordão que os frequentadores da Praia da Bacutia, em Guarapari, aprendem com Carlos Tavares. No balneário, o microempresário comercializa o produto e conquista não apenas o paladar, mas a simpatia dos banhistas.

Mas, antes de chegar à tão badalada Bacutia, muita história aconteceu. O empreendimento de Carlos começou como muitos outros, em meio à crise. Formado em fornaria mecânica, há cerca de 16 anos ele estava em busca de uma oportunidade de trabalho e, ao ver uma pessoa vendendo queijo na praia, decidiu fazer o mesmo para garantir sua renda mensal.

“Eu comecei vendendo queijo na latinha. Mas queria fazer algo diferenciado. Um dia, fui a Vitória e vi uma mulher empurrando um carrinho de supermercado que era adaptado para colocar uma bebê dentro. Decidi adaptar um carrinho para assar meu queijo e, depois, investi em melhorar a qualidade do produto”, recorda.

Foi neste momento que surgiu o famoso bordão, e o simples queijo coalho, comumente comercializado nas praias do Espírito Santo, tornou-se um dos queijinhos mais conhecidos de Guarapari. “Eu acredito nessa filosofia de vida. O que é ruim pode ficar bom; e o que é bom pode ficar ótimo. O queijo bótimo é exatamente isso.”

Data: 01/2020 - ES - Guarapari- Carlos Bótimo, vendedor de queijinho que trabalha na praia de Bacutia, Guarapari- Editoria: Economia - Ricardo Medeiros - GZ. Crédito: Ricardo Medeiros
Data: 01/2020 - ES - Guarapari- Carlos Bótimo, vendedor de queijinho que trabalha na praia de Bacutia, Guarapari- Editoria: Economia - Ricardo Medeiros - GZ. Crédito: Ricardo Medeiros

A “faculdade” para as vendas de Carlos foi a Praia do Morro, primeiro local onde o queijo “bótimo” foi comercializado. Em média, cerca de 250 unidades de queijos coalhos eram assados diariamente na alta temporada. Mas ele percebeu que podia crescer ainda mais e decidiu ampliar seu negócio, adquirindo mais carrinhos e contratando funcionários para trabalhar em outras praias.

Hoje, o queijo “bótimo” é comercializado em quatro carrinhos, que estão, também, na Praia de Peracanga. Em cada ponto, são vendidos cerca de 250 queijos a R$ 7, que pode consumido com ou sem orégano. E o cliente ainda pode acrescentar “creme apaixonante”, que, segundo o empreendedor, “é feito à base de perdão, renúncia, diálogo e... alho”. Ao total, oito pessoas trabalham como colaboradores de Carlos, desde o corte do queijo até as vendas nas praias.

Para este ano, Tavares quer crescer ainda mais e pretende levar o queijo “bótimo” para as praias de Vitória e de Vila Velha.

Carlos Tavares

Vendedor de queijo

"É preciso ter gentileza, ser verdadeiro e saber lidar com as pessoas, que estão aproveitando um dia de lazer"

O segredo do sucesso não é apenas o slogan. A preparação do queijo, por exemplo, faz toda a diferença e começa muito antes de ser comercializado. A tábua de corte utilizada pelo Carlos é de polietileno para evitar a contaminação de bactérias e a higienização é prioridade em todas as etapas.

“Falo para meus vendedores que, quando os turistas pedem o queijo bótimo, eles estão confiando em nós a sua saúde e suas férias. Se faço de qualquer maneira, dificulto o lazer deles. É por isso que tenho e peço muito esmero de todos que trabalham comigo.” l

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