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Sustentabilidade: pequenas ideias, grandes projetos

Sustentabilidade: pequenas ideias, grandes projetos

Conheça exemplos de projetos vencedores e inspiradores que já passaram pelo Prêmio Biguá

Publicado em 2 de junho de 2020 às 14:47

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Mais de 8 mil árvores foram plantadas em propriedade localizada em Divino de São Lourenço, na região do Caparaó
Mais de 8 mil árvores foram plantadas em propriedade localizada em Divino de São Lourenço, na região do Caparaó. (Marcel Alves)

É no meio da roça, com as mãos na terra, que conhecemos seu Moysés Francisco de Araújo. Ele, que chegou a morar na cidade grande, vive atualmente em Divino de São Lourenço, na região do Caparaó, uma cidade com pouco mais de cinco mil habitantes e com a menor população do Estado. As terras foram compradas do avô que investiu na pecuária e também no cultivo do café. Ao todo, eram 12 hectares, um grande pasto degradado e infértil.

Hoje, mais de 15 anos depois, a propriedade do seu Moysés já conta com pelo menos oito mil árvores, como a imbaúba que é uma indicadora de recuperação ambiental. Para que tudo se transformasse, o cafeicultor apostou no conhecimento. Fez capacitações, se inscreveu em projetos como o Corredor Ecológico, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, e o Reflorestar, desenvolvido pelo Governo do Estado.

Com essas experiências, Moysés aprendeu que dá para plantar café, sem tirar as árvores. Hoje, são mais de sete mil pés no sistema agroflorestal.

“Quem conheceu isso aqui em 2002, 2004, e vê hoje, me pergunta: como você conseguiu fazer esse paraíso no meio do nada? Eu não sei por que as pessoas acham que não pode ter árvore na propriedade. Se é capim, é só capim, se é café é só café”, pontuou Moysés, acrescentando que conseguiu provar que tudo pode ser bem diferente.

No passado, a propriedade em Divino de São Lourenço era como um grande pasto degradado e infértil
No passado, a propriedade em Divino de São Lourenço era como um grande pasto degradado e infértil. (Marcel Alves)

Do campo para a cidade

É em meio a rotina de uma empresa de tecnologia de informação que encontramos um exemplo inspirador. No espaço, cada cantinho traz um exemplo de cuidado com a natureza. Essa é a história de um casal de Cachoeiro de Itapemirim, na região Sul do Estado, que transformou a empresa com muita criatividade.

Segundo Dalayder Morandi e a esposa, Carla Souza, foi diante de uma ideia inovadora que nasceu uma empresa que funciona dentro de contêineres de aço reaproveitados. Se lançados na natureza, esse material demoraria mais de 500 anos para se decompor. “A gente queria aproveitar um material que estava na natureza”, revela Carla.

Empresa de contêineres é exemplo de sustentabilidade em Cachoeiro de Itapemirim, na região Sul do Espírito Santo
Empresa de contêineres é exemplo de sustentabilidade em Cachoeiro de Itapemirim, na região Sul do Espírito Santo. (Marcel Alves)

Além dos quatro contêineres, no local é possível encontrar um muro feito com casqueiros, produto que seria descartado pelo setor de rochas ornamentais. As janelas foram projetadas para melhor aproveitamento da luz solar, o que proporciona uma economia de 30% na conta de energia. A água da chuva é reutilizada e as paredes foram pintadas com tinta térmica que ameniza o famoso calor de Cachoeiro em até 40%. Árvores frutíferas também foram plantadas no terreno e uma horta orgânica coroam o cuidado do casal com o meio ambiente.

Essas são duas histórias diferentes com algo em comum: o amor pela natureza. As duas estão entre as vencedoras do Prêmio Biguá de Sustentabilidade de 2019, nas categorias produtor rural e empreendedor ambiental, respectivamente. Ideias inspiradoras em meio a um cenário de desmatamento, degradação do solo e destruição da nossa fauna e flora.

Esse é o principal objetivo do Prêmio Biguá: trazer à luz ideias que foram colocadas em prática e que podem servir de exemplo para outras pessoas. O propósito é divulgar as ações para sensibilização e maior conscientização da população capixaba da região Sul.

Sobre o Prêmio Biguá

Criado em 2012 pela TV Gazeta Sul, o Prêmio Biguá tem o objetivo principal de divulgar, valorizar e incentivar a preservação ambiental premiando projetos que realmente fazem a diferença, como ações de proteção, recuperação, preservação e cuidado.

Neste ano, seis categorias serão premiadas: sociedade civil, produtor rural, escola, ensino superior, empreendedor ambiental e prefeitura municipal. Todos passarão por um criterioso júri técnico para escolha das melhores ações.

Exemplos de ações

- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas, de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário.

- Preservação total de áreas verdes não destinadas à exploração econômica.

- Ações que incentivem a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois não agridem a natureza

- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.

- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólicas, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis.

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- Criação de atitudes pessoais e empresariais voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a retirada de recursos minerais do solo.

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