Publicado em 15 de julho de 2019 às 22:58
A leveza dos passos e dos gestos encenados por uma mãe e sua filha com deficiência física em uma apresentação de dança, no Teatro Rubem Braga, em Cachoeiro de Itapemirim, neste fim de semana, emocionou quem esteve presente no evento e internautas nas redes sociais. Ao som da canção De janeiro a janeiro, Luísa Campos Pitanga e a mãe, Mônica Campos Pitanga, mostraram que tudo é possível pelo poder da inclusão.
A apresentação fez parte do espetáculo Gente que Dança, do coreógrafo Jeremias Schaydegger Filho, que tem como bandeira a inclusão de jovens, adultos, crianças, idosos e pessoas com deficiência nas apresentações de dança.
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Foi a primeira vez que mãe e filha, que já se apresenta desde 2010 no espetáculo, subiram ao palco juntas. Foi muito especial e emocionante para as duas. Até hoje estou recebendo as mensagens das pessoas. O espetáculo de dança inclusiva mostra que todos podem e todos aprendem, desperta a consciência das pessoas, conta Mônica Campos Pitanga.
MOVA-SE
Além de emocionar, Mônica, vai além de despertar a inclusão nas redes sociais, levanta também a bandeira da acessibilidade. Em fevereiro desde ano, quando a filha Luísa fez 15 anos a família fez uma viagem a Nova Iorque e conseguir a diversos locais sem dificuldades, a mãe voltou para o país com uma provocação à sociedade.
Voltamos com uma grande vontade de mudar a realidade de nossa cidade, despertar a consciência das pessoas. Muitos deficientes na cidade deixam de sair pela falta de acessibilidade. Tenho carro, mas quase todas as vezes que saíamos encontramos algum problema. E não são apenas deficientes, são também idosos, revela Mônica, que promove o Projeto Mova-se.
A ideia de despertar a consciência de uma cidade mais planejada e inclusiva, caminha para se tornar uma Organização Não Governamental (Ong) e já mobiliza o apoio de artistas nas redes sociais, entre eles o atleta paraolímpico Fernando Fernandes, o jogador de vólei Alison Cerutti e o ator Evandro Mesquita.
O projeto faz palestras de acessibilidade em escolas e almeja a compra de cadeiras especiais para esportes, promoção ao direito dos deficientes, entre outros projetos. Por meio de uma conta no Instagram, o projeto vende camisas. O valor, R$ 35, 00, é revertido para as ações do Mova-se.
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