Alunos da Creche "Criança feliz", localizada no Pontal, em Marataízes, no Litoral Sul, estudam em um espaço improvisado em uma igreja desde 2015, quando a sede da escola começou a ser reformada. Esta reforma só deve ser concluída no final de 2019, de acordo com a administração municipal.
A pescadora Renata Nunes contou que o espaço onde as aulas acontecem foi alugado pela prefeitura. Eles disseram que iriam fechar a escola para fazer uma reforma, mas já tem três anos, a escola está abandonada e ninguém faz nada. A gente corre atrás e eles não dão solução nenhuma para a gente, contou.
A pescadora disse, ainda, que a igreja é o segundo local para onde as crianças foram remanejadas. O primeiro foi em uma casa de dois andares na minha rua mesmo. Não sei o que aconteceu que eles tiraram elas de lá e trouxeram para essa igreja, onde é apertado. É um lugar desapropriado para as crianças ficarem, completou.
A sede da escola, que deveria estar sendo reformada, está tomada por mato, sujeira, mofo e tem vários objetos abandonados de pessoas que costumam frequentar o local. A escola está lá caindo aos pedaços e o dinheiro vai para onde? A escola esta lá se acabando. Lá tem usuário de drogas, pessoas se prostituindo, roubando, é tudo. É uma escola que é nossa, não tem necessidade de alugar uma igreja para as crianças estudarem, desabafou Mirela.
Rafaela acredita que o aprendizado da filha, que esta há dois anos na escola, foi prejudicado. Ela tem cinco anos e ela não sabe ler. O espaço que ela estuda tem 15 crianças e é uma mini sala , finalizou.
O OUTRO LADO
Por meio de nota, a prefeitura de Marataízes respondeu que o processo está tramitando e até o final de 2019 a reforma estará concluída para ser entregue à comunidade. Como o processo está em andamento, nos anos de 2017 e 2018 nenhum valor foi gasto na reforma.
O valor pago no aluguel da igreja não foi divulgado.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta