O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu 500 kg de barbatanas de tubarão em Piúma, no Sul do Espírito Santo. O material estava congelado e a apreensão aconteceu na terça-feira (10), mas divulgada nesta sexta-feira (13). O órgão fiscalizador disse que o produto foi enviado de Santa Catarina para ser processado na cidade capixaba, e depois exportado para a Ásia.
Segundo o Ibama, as barbatanas de tubarão seriam desidratadas e destinadas a restaurantes e lojas de produtos asiáticos no Brasil, e até exportadas para Ásia, onde há alta demanda.
Segundo o Ibama, durante a investigação, a equipe encontrou nadadeiras de tubarão secando em um terreno ligado ao comprador, em condições insalubres e expostas a intempéries e animais, como galinhas e patos. O responsável pela compra não apresentou documentação que comprovasse a origem legal das barbatanas, como exige a legislação.
Uma análise preliminar revelou a presença de espécies ameaçadas, como o tubarão-azul (Prionace glauca) e o tubarão-galha-branca-oceânico (Carcharhinus longimanus). O tubarão-azul está listado no Anexo II da Convenção CITES, que regulamenta o comércio de espécies ameaçadas, enquanto o tubarão-galha-branca-oceânico, classificado como ameaçado de extinção, tem sua captura e comercialização proibidas por portaria do Ibama.
“O comércio ilegal dessas espécies tem contribuído para a diminuição das populações de tubarões, afetando o equilíbrio dos ecossistemas marinhos. Como predadores de topo, os tubarões são essenciais para controlar populações de outras espécies e garantir a saúde dos ambientes marinhos”, afirmou o Ibama, em nota.
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