Publicado em 5 de abril de 2019 às 22:42
O vereador afastado de Viana Patrick Hernane Freitas Oliveira (PDT) foi preso na tarde desta sexta-feira (05) ao se apresentar no fórum da cidade. Patrick do Gás, como é conhecido, foi condenado ainda no ano passado, em segunda instância, a sete anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, por nomear servidores fantasmas e exigir deles parte de seus salários. A prática é conhecida como rachid.>
A pena também inclui a perda do cargo público. Mas isso somente deve ocorrer após o trânsito em julgado do processo, ou seja, quando não for mais possível apresentar recursos.>
Ao chegar ao fórum, o vereador se negou a falar com a reportagem da TV Gazeta, que o esperava no local. Um mandado de prisão foi expedido e, em seguida, ele foi levado à delegacia de Cariacica para, posteriormente, ser encaminhado ao presídio.>
O CRIME>
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Em 2014, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) apresentou denúncia contra Patrick do Gás por crimes relacionados à prática de rachid. De acordo com a denúncia, o parlamentar não só nomeava funcionários que não trabalhavam, como exigia que eles lhe repassassem parte dos salários para não serem exonerados.>
Alguns funcionários também eram nomeados para atuar na Prefeitura de Viana. Há, inclusive, um vídeo em que o vereador é flagrado recebendo o dinheiro.>
A condenação em primeira instância foi proferida em 2015 pelo juiz Carlos Henrique Rios do Amaral Filho, da 1ª Vara Criminal de Viana. Na época, a pena deveria começar a ser cumprida em regime semiaberto. O vereador recorria da decisão em liberdade, mas em 2018 sua condenação foi reforçada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJES).>
AFASTAMENTO>
No último dia 29, a Justiça determinou o afastamento de Patrick do Gás da Câmara de Viana, atendendo a um pedido do MPES. Mesmo assim, o salário de cerca de R$ 5 mil do parlamentar foi mantido.>
A decisão, desta vez, partiu da Vara Cível e Comercial de Viana. No documento, o juiz Rafael Calmon Rangel afirma que o vereador liderava um esquema criminoso.>
Não bastasse a existência desse julgado, a prova documental e documentada constante dos anexos, por si só, seria robusta o suficiente para que este juízo chegasse à conclusão de que, ao menos a título precário, (Patrick) deveria ser afastado do exercício de suas funções, ressaltou.>
Durante sua apresentação no fórum, Patrick do Gás foi acompanhado por um de seus advogados, Almir Silveira Mattos. Já o advogado Ludgero Liberato informou, em nota, que buscará os tribunais superiores para que haja suspensão da decisão que foi proferida pela segunda instância.>
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